sábado, 1 de dezembro de 2018

Vapor e Lança


 Eram apenas dois irmãos. O nascimento deles foi motivo de muita alegria e satisfação. Seus pais foram privilegiados e moravam em lugar somente deles. Um lugar muito bonito, cheio de árvores, frutas e animais, além de um ar muito puro. Eram somente eles dois como filhos e desfrutavam da boa companhia do pai e da mãe.
Seus nomes significavam “vapor” e “lança”. Apesar de irmãos, eles não eram iguais. Além de terem idades diferentes, criados pelos mesmos pais, assumiram gostos e comportamentos diferentes.
Durante a infância, brincaram muito, e com certeza também, brigaram algumas vezes, talvez por um brinquedo, por uma comida, ou mesmo pela atenção de um dos pais. Nada que no outro dia, após bons conselhos e disciplina, não fosse resolvido.
Assim, eles cresceram como bons irmãos. Tornaram-se adultos e cada um adotou uma profissão diferente. Um foi ser pecuarista, gostava muito de animais, e outro agricultor, amava as plantas e os frutos da terra.
Na época em que eles viveram não tinha ainda escola, e onde moravam, também não tinha vizinhos, nem primos, e nem parentes. Eram somente eles quatro e por isso, podemos pensar que eram uma família unida. 
 Com seus pais eles aprenderam tudo sobre Deus, seu amor, sua bondade, e principalmente, como adorar e agradar a esse Deus tão maravilhoso que tinha dado a eles a vida e todo aquele lugar bonito para morar.
Eles aprenderam também, que para compensar os seus pecados tinham que oferecer a Deus um sacrifício. Pois como o pecado é algo sério e exige a morte da pessoa que peca, um cordeiro deveria ser oferecido como um substituto.
Mas, também eles aprenderam que precisavam agradecer a Deus pelas boas colheitas das suas plantações e pelos bons animais que nasciam nas suas fazendas. Assim, ofertas deveriam ser trazidas de vez em quando para Deus como uma forma de gratidão.
O filho chamado Vapor, que era pecuarista, trouxe para Deus os primeiros animais nascidos do seu rebanho. Aqueles mais bonitos, e mais gordos, mais bem alimentados.   
 O filho Lança, também trouxe sua oferta para Deus. Como ele era agricultor, colheu alguns frutos da terra e colocou um cesto cheio diante do altar de Deus.
 No entanto, o Criador não aprovou a oferta do Lança, pois não fez de coração. Além disso, ele não ofereceu a Deus o esperado. Não era aquela oferta que Deus requerera. Ele queria uma oferta específica, e por isso, também não gostou da oferta do Lança.
E a oferta do Vapor, será que Deus se agradou? A Bíblia diz que o Senhor gostou da sua oferta, porque a fez de coração e de boa vontade. Ele trouxe os seus animais com alegria no coração, e por isso, Deus gostou. Mas não foi só por isso, Deus também gostou da sua oferta: o animalzinho morto, seu sangue derramado, era o que Deus esperava, pois simbolizava o perdão dos pecados que um dia, o seu Filho, Jesus Cristo, o cordeiro perfeito, iria derramar em nosso lugar.
Deus ficou muito satisfeito com a oferta e a pessoa que era o Vapor. Pois ele tinha a fé verdadeira e caminhava sempre fazendo o que era justo e certo. Hoje não precisamos mais oferecer animais, pois Jesus já se ofereceu por nós. E para que Deus fique alegre e satisfeito conosco, precisamos aceitar a Cristo como nosso cordeiro perfeito de sacrifício, e cultivar uma vida de fé e justiça.
A essa altura, você já sabe que estou falando de Caim e Abel, e também já sabe do desfecho da história: a ira indominável de Caim, a advertência de Deus, o assassinato de Abel, e o castigo de Caim.
Nessa história de Caim e Abel, podemos aprender algumas lições. Como filhos de Deus, devemos sempre fazer aquilo que O agrada, aquilo que Ele aprova. Igualmente aprendemos que quando errarmos não podemos colocar e nem descontar a culpa nos outros.
Aprendemos ainda, que sempre teremos dois caminhos para escolher: o caminho da obediência e da desobediência. Eles estão sempre diante de nós, e por mais que muitas vezes queiramos seguir o caminho errado, podemos resistir e ir pelo caminho correto.
E por último, especificamente para os pais. Proporcionem sempre um ambiente saudável para seus filhos. Um lar amoroso, onde Deus está presente. Uma casa onde se fala sobre o Senhor, onde se aprende a amá-lo e adorá-Lo da forma correta. Uma casa onde a disciplina é dura, porém, amorosa.
Não podemos falhar com Deus e nem com nossas crianças. Pois elas serão no futuro o reflexo das nossas vidas, atitudes, decisões e omissões. Elas poderão ser como Abel, crianças justas e excelentes que agradarão o coração de Deus, mas infelizmente, elas também poderão ser como Caim, malignas em seus projetos e dispostas a desobedecerem a Deus. Deus salve nossas crianças.

sábado, 15 de setembro de 2018

Preconceito ou Conceito?


Desde criança, aprende-se a palavra preconceito, e é fácil lembrar, que geralmente eram acusados de preconceituosos aqueles que não concordavam com alguma ideia nova ou oposta à realidade costumeira. Mas será que tal julgamento de preconceituosos está correto?
Nos últimos tempos, uma nova ideologia tem surgido, e por ser nova e contrária ao que socialmente se vive, está sendo fortemente combatida. E, uma das formas de defesa contra seus opositores tem sido chamá-los de preconceituosos.
Fala-se da Ideologia de Gênero, que defende que os gêneros atuais são resultados da construção histórico-cultural implícita no desenvolvimento social do indivíduo. Para eles, os seres humanos nascem iguais e podem escolher o tipo de gênero, independente do seu padrão de nascimento.
Em 2014, o tema surgiu no planejamento de educação nacional (PEN), com o intuito de ensinar nas escolas do país a ideologia de gênero, para diminuir o então preconceito. (Lei 13.005, artigo 2º inciso III).
Não se pretende nesse texto apresentar uma série de argumentos contra a ideologia de gênero, mas mostrar que não é preconceituoso aquele que discorda dessa ideologia, pelo contrário, é livre para pensar diferente, devido a ter-se um conceito formado.
O termo preconceito é formado por duas partes, a partícula pré, que significa antes, mais a palavra conceito, que significa opinião. Em uma definição mais literal, tem-se: uma opinião antecipada sobre algum assunto.
 Quando o significado de preconceito é analisado em um dicionário formal, tem-se um conjunto de definições que mostram o dinamismo da linguagem, que vai da ideia de conceito ou opinião formada sem ter antes os conhecimentos ou experiências necessárias sobre um determinado assunto, até uma atitude emocionalmente condicionada, baseada em crença, opinião ou generalização, determinando simpatia ou antipatia para com indivíduos ou grupos.
Com base nessas definições que envolvem dois significados de preconceito, responde-se que de maneira alguma os opositores são preconceituosos, baseado na própria definição do termo.
As ideias cristãs não se encaixam como preconceituosas, observando a primeira parte da definição[1], pois elas não foram formadas antecipadamente sem conhecimento ou experiências sobre o assunto da ideologia de gênero.
Na verdade, é o contrário, pois todo conhecimento e experiência cristã sobre homem (macho) e mulher (fêmea), é totalmente anterior a qualquer ideologia de gênero. Desde que o ser humano se entende por gente, aprende a chamar papai e mamãe, e quando as faculdades mentais se desenvolveram, tem-se o privilégio de conhecer os avós, (vovô e vovó), e alguns até seus bisavôs e bisavós. E mesmo que os ideologistas não concordem, traçando uma linha genealógica, encontrar-se-ia como os primeiros humanos, um homem (macho) e uma mulher (fêmea), que apesar da confusão sobre a definição do sexo, não existe outra forma de nascer, a não ser entre o relacionamento sexual entre um homem, que possui espermatozoides, e uma mulher que possui um útero, óvulos e leite para amamentar.
Então dizer que os cristãos são preconceituosos, por falta de conhecimento ou experiência sobre a ideologia de gênero, é ignorar todo o conhecimento e experiência que se tem sobre a existência humana. Ou algum ideologista nasceu de outra forma? Todos nascem do relacionamento entre um homem e uma mulher, e isto é experiência e conhecimento.
 O ideal de homem e mulher está baseado sim, numa opinião antecipada, mas fundamentada no conhecimento e na experiência de pelos menos uns 4 mil anos da vida humana sobre a terra. Então, nesse sentido, a crença cristã está longe de ser preconceituosa.
Também, a rejeição cristã da ideologia de gênero, não deve ser acusada de preconceituosa, observando a segunda parte da definição de preconceito, por ser uma atitude emocionalmente condicionada, baseada em crença, opinião ou generalização, determinando simpatia ou antipatia para com indivíduos ou grupos.
A opinião cristã sobre o homem e a mulher, não foi emocionalmente condicionada pela mídia, ou mesmo por crenças religiosas, como que induzidos a crer de tal forma. Mas sim, pela experiência vivida em família; pelo conhecimento biológico entre homem e mulher, e pelo exame racional e espiritual das crenças cristãs.
Crê-se no homem e na mulher, porque foi assim que Deus fez desde o princípio; e mesmo que uma pessoa não acredite em Deus, tem que engolir que veio de um homem e uma mulher, não tem como fugir disso. Por outro lado, os ideologistas acusam os cristãos de preconceituosos por conta das crenças religiosas, porém pode-se corretamente chamá-los de antirreligiosos, e por que não, também de preconceituosos.
Todos defendem suas crenças por que acreditam nelas. A ideologia de gênero é uma crença, assim como a ideologia de gênesis. Então, condenar uma opinião por que está fundamentada em crença religiosa, com outra crença, é no mínimo incoerente. Tudo são crenças, mas quando fala das religiosas a coisa muda.  Por que será que somente as religiosas é que são preconceituosas? Não seria isso um preconceito da parte dos sem religião?
Sabe-se o que os cristãos verdadeiramente são? Conceituosos. Eles têm um conceito, uma opinião formada sobre o assunto do gênero, e exige-se, da mesma forma, o total respeito por suas crenças. Acreditam na existência de Deus, o criador do homem e da mulher, acreditam na família, em que um homem e uma mulher geram filhos, conforme o mandado de Deus, acreditam ser esse o único modelo saudável para uma sociedade estruturada.
E o que eles são? Pósconceituosos. (Anticonceitusos). Um conceito criado depois do conceito estabelecido. Apesar de não encontrar esse verbete nos dicionários, ele representa a opinião pessoal do autor sobre os ideologistas de gêneros.
Durante toda a história da humanidade o padrão normal e geral da humanidade foi: João casou com Maria. Ela engravidou. Nasceu. É menino. Será chamado de Francisco. Depois nasceu outro. É menina. Será chamada de Antônia. Essa foi e sempre será a forma saudável e correta para se construir uma família e uma sociedade equilibrada.
Os ideologistas sabem sobre esse conceito, sendo cada um fruto padrão bíblico histórico-cultural. Todavia, na tentativa de estabelecer um novo padrão amoral, julgam antigo, opressor, alienado e preconceituoso a crença cristã do gênero e da família.  
No entanto, conforme argumentado, os defensores do gênero masculino e feminino, da família constituída de um homem e uma mulher, não são preconceituosos, e nem muitos menos alienados religiosos, mas sim, pessoas que têm um conceito formado e muito equilibrado sobre o padrão do gênero.
 Francisco Soares Teixeira Júnior
Juazeiro do Norte,09 de novembro de 2017


[1] Conceito ou opinião formada sem ter antes os conhecimentos ou experiências necessárias sobre um determinado assunto.

domingo, 15 de julho de 2018

Resgatando o valor da Bíblia


Quem gosta de ler manual de instruções? Quantos têm o costume de ler as orientações descritas no manual de instruções antes de utilizar o produto que comprou? Acredito que poucos temos tanta paciência para cuidadosamente fazermos algo tão básico.
De modo geral, julgamos alguns manuais desnecessários. Por exemplo, para utilizar o ventilador que comprou não há necessidade de ler toda a instrução. Existem itens que estamos tão acostumados que subentendemos desnecessário ler as orientações.
Porém, ainda que em algumas situações, achemos perca de tempo ler as instruções, a falta dela pode nos custar caro. No caso do ventilador, se não seguirmos as orientações de limpeza que há no manual poderemos ficar sem ele. Ou se não conferirmos a voltagem dos produtos que compramos podemos queimá-los.
Em muitos casos, ler o manual de instruções nos ajudará a usufruirmos bem o produto que adquirimos, e se nos depararmos com algum problema saberemos o que fazer, pois conhecemos as instruções.
Nesse texto, ainda discorrendo sobre o tema do distanciamento, iremos observar como a massa religiosa tem se afastado do livro do Deus da religião. Somos religiosos, evangélicos, mas não queremos ler o nosso livro de instrução e conduta na adoração a Deus.  Não queremos ler a Bíblia, o nosso manual de regras, e por isso, fracassamos tanto na vida espiritual, familiar, profissional, etc.
Hoje temos uma geração marcada pelo distanciamento do livro do Deus da religião, uma cristandade que pouco conhece a Bíblia, e como resultado, não conhecem o Deus das Escrituras, não sabem quem é Deus, e por isso, cultivam um relacionamento distante de Deus.
O que fazer então? Como posso acabar esse distanciamento da Bíblia? Precisamos revalorizar as Sagradas Escrituras. Trazer de volta à nossa mente e à nossa sociedade, começando pela nossa família, o quão valioso, essencial, necessário, importante, indispensável é a Palavra de Deus para nós.
Acredito que, por diversos motivos, temos dado total descrédito a Palavra de Deus, e por isso, não A lemos, não permitimos que ela efetue em nós o querer de Deus. Achamos que, assim como um ventilador que ligamos na tomada e recebermos seu vento, apenas o fato de levarmos a Bíblia para a igreja é suficiente.
O povo de Deus deve ser conhecido como o povo da Bíblia. O povo que lê a Bíblia, o povo que vive a Bíblia, o povo que ensina a Bíblia para seus filhos, que fala da Bíblia para os outros, que conduz a sua vida e todas as suas decisões à luz da Bíblia. O povo que quando perseguido e passado por situações de angústia e depressão, recorre a Bíblia.  
Infelizmente, essa não é a realidade da presente geração. Mas sim, uma geração fraca e débil, uma geração infantil e medicamentosa, uma geração que não pode suportar os reveses da vida, pois não aprendeu a ser forte com a força da Palavra de Deus.
Hoje, meditaremos em textos bíblicos, que com a sua permissão, resgatarão em seu coração o valor que a Palavra de Deus deve ter, a sua importância, e o seu poder em sua vida.
A Bíblia é valiosa, porque ela é a Palavra de Deus. Em 2 Tm 3.16 o apóstolo Paulo afirma, categoricamente para Timóteo, que a Bíblia é a Palavra de Deus. Ele diz: “Toda a Escritura é inspirada por Deus...”.
Valorize a Palavra de Deus lendo-A todos os dias. Lembre-se de que Deus teve todo um cuidado para escrever um livro que tem sido preservado por milênios, para que você e eu pudéssemos ler.
A Bíblia também é valiosa, pelos efeitos que ela produz.
Ainda em 2 Timóteo 3.15, Paulo chama as Escrituras de sagradas letras, que tornam o homem sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. ”
Precisamos crer nisso, o poder salvador que a Palavra de Deus tem. Essa crença deve ser evidenciada pela leitura que fazemos dia a dia. É evidenciada pela leitura que fazemos para nossos filhos. Pela Bíblia que damos a eles.
Paulo ainda apresenta um segundo efeito que a Palavra de Deus produz na vida do crente. Ele diz para Timóteo em 3.16-17 que a Escritura inspirada torna o homem perfeito.
 Para Paulo a Bíblia produz no homem a maturidade espiritual. Para o apóstolo, os mandamentos da Bíblia ensinam, repreendem, corrigem, educam e nos tornam preparados para a obra de Deus.
Ler o manual de instruções, às vezes, pode ser cansativo, mas na maioria das vezes é essencial para desfrutarmos corretamente do bem adquirido. Leia a Palavra de Deus sempre e desfrute dos seus benefícios.