Eram
apenas dois irmãos. O nascimento deles foi motivo de muita alegria e
satisfação. Seus pais foram privilegiados e moravam em lugar somente deles. Um
lugar muito bonito, cheio de árvores, frutas e animais, além de um ar muito
puro. Eram somente eles dois como filhos e desfrutavam da boa companhia do pai
e da mãe.
Seus
nomes significavam “vapor” e “lança”. Apesar de irmãos, eles não eram iguais. Além
de terem idades diferentes, criados pelos mesmos pais, assumiram gostos e
comportamentos diferentes.
Durante
a infância, brincaram muito, e com certeza também, brigaram algumas vezes,
talvez por um brinquedo, por uma comida, ou mesmo pela atenção de um dos pais.
Nada que no outro dia, após bons conselhos e disciplina, não fosse resolvido.
Assim,
eles cresceram como bons irmãos. Tornaram-se adultos e cada um adotou uma
profissão diferente. Um foi ser pecuarista, gostava muito de animais, e outro
agricultor, amava as plantas e os frutos da terra.
Na época
em que eles viveram não tinha ainda escola, e onde moravam, também não tinha
vizinhos, nem primos, e nem parentes. Eram somente eles quatro e por isso,
podemos pensar que eram uma família unida.
Com seus pais eles aprenderam tudo sobre Deus,
seu amor, sua bondade, e principalmente, como adorar e agradar a esse Deus tão
maravilhoso que tinha dado a eles a vida e todo aquele lugar bonito para morar.
Eles
aprenderam também, que para compensar os seus pecados tinham que oferecer a
Deus um sacrifício. Pois como o pecado é algo sério e exige a morte da pessoa
que peca, um cordeiro deveria ser oferecido como um substituto.
Mas,
também eles aprenderam que precisavam agradecer a Deus pelas boas colheitas das
suas plantações e pelos bons animais que nasciam nas suas fazendas. Assim,
ofertas deveriam ser trazidas de vez em quando para Deus como uma forma de
gratidão.
O filho
chamado Vapor, que era pecuarista, trouxe para Deus os primeiros animais
nascidos do seu rebanho. Aqueles mais bonitos, e mais gordos, mais bem
alimentados.
O filho Lança, também trouxe sua oferta para
Deus. Como ele era agricultor, colheu alguns frutos da terra e colocou um cesto
cheio diante do altar de Deus.
No entanto, o Criador não aprovou a oferta do
Lança, pois não fez de coração. Além disso, ele não ofereceu a Deus o esperado.
Não era aquela oferta que Deus requerera. Ele queria uma oferta específica, e
por isso, também não gostou da oferta do Lança.
E a
oferta do Vapor, será que Deus se agradou? A Bíblia diz que o Senhor gostou da
sua oferta, porque a fez de coração e de boa vontade. Ele trouxe os seus
animais com alegria no coração, e por isso, Deus gostou. Mas não foi só por
isso, Deus também gostou da sua oferta: o animalzinho morto, seu sangue
derramado, era o que Deus esperava, pois simbolizava o perdão dos pecados que
um dia, o seu Filho, Jesus Cristo, o cordeiro perfeito, iria derramar em nosso
lugar.
Deus
ficou muito satisfeito com a oferta e a pessoa que era o Vapor. Pois ele tinha
a fé verdadeira e caminhava sempre fazendo o que era justo e certo. Hoje não
precisamos mais oferecer animais, pois Jesus já se ofereceu por nós. E para que
Deus fique alegre e satisfeito conosco, precisamos aceitar a Cristo como nosso
cordeiro perfeito de sacrifício, e cultivar uma vida de fé e justiça.
A essa altura, você já sabe que estou falando
de Caim e Abel, e também já sabe do desfecho da história: a ira indominável de
Caim, a advertência de Deus, o assassinato de Abel, e o castigo de Caim.
Nessa
história de Caim e Abel, podemos aprender algumas lições. Como filhos de Deus,
devemos sempre fazer aquilo que O agrada, aquilo que Ele aprova. Igualmente aprendemos
que quando errarmos não podemos colocar e nem descontar a culpa nos outros.
Aprendemos
ainda, que sempre teremos dois caminhos para escolher: o caminho da obediência
e da desobediência. Eles estão sempre diante de nós, e por mais que muitas
vezes queiramos seguir o caminho errado, podemos resistir e ir pelo caminho
correto.
E por
último, especificamente para os pais. Proporcionem sempre um ambiente saudável
para seus filhos. Um lar amoroso, onde Deus está presente. Uma casa onde se
fala sobre o Senhor, onde se aprende a amá-lo e adorá-Lo da forma correta. Uma
casa onde a disciplina é dura, porém, amorosa.
Não
podemos falhar com Deus e nem com nossas crianças. Pois elas serão no futuro o
reflexo das nossas vidas, atitudes, decisões e omissões. Elas poderão ser como
Abel, crianças justas e excelentes que agradarão o coração de Deus, mas
infelizmente, elas também poderão ser como Caim, malignas em seus projetos e
dispostas a desobedecerem a Deus. Deus salve nossas crianças.