Você já ouviu
falar sobre a terceira Lei de Newton? Ou princípio da ação e reação? A lei diz
o seguinte: “A toda ação sempre há uma reação de mesma intensidade e
direção, porém em sentidos opostos. ”
Quando uma
bola de futebol vem em direção a cabeça de um jogador, tanto o jogador exerce
força sobre a bola quanto também a bola exerce força sobre sua cabeça. De modo
que, ambas ações requerem reações e essas reações são em sentidos opostos, por
isso que a bola vai em outra direção. Em outras palavras, para toda ação exige
uma reação.
Embora
pareça estranha essa ilustração, de uma forma simples e direta, gostaria de
meditar contigo sobre: Como reagir diante das ações da vida.
Em
primeiro lugar Confiemos no Deus que nós cremos. Embora
simplista, essa afirmação no leva a uma grande reflexão. Qual Deus cremos? Quem
é Deus para nós? Talvez o deus que conheçamos não é o Deus que a Bíblia
apresenta, pois temos uma tendência muito grande de querer adaptar Deus às
nossas necessidades.
Por isso,
precisamos fazer uma avaliação e podemos seguir três pistas que nos ajudarão a
descobrir qual deus realmente cremos, se o da Bíblia ou o que criamos.
A primeira pista para avaliarmos o deus que
cremos é lembrar o que aprendemos sobre Deus quando criança. Seja o que nossos
pais nos ensinaram, ou nossos avós, ou mesmo a professora da escola dominical.
Alguma coisa sobre Deus aprendemos quando criança, e isso até hoje influencia
nossas vidas.
A segunda pista para avaliarmos o deus que
cremos é rever nossas reações diante das situações da vida. Quando nos desesperamos
nas situações adversas da vida é uma indicação de que cremos em um Deus
distante e achamos que Deus não tem nada a ver comigo. Deus está ocupado com as
grandes questões mundiais; Ele está inacessível.
Mas, ainda uma terceira pista para
avaliarmos o deus que cremos é observarmos o conteúdo dos nossos pedidos de
oração. Sobre o que mais pedimos? Saúde. Então o deus que cremos é apenas um
curandeiro. Aquele que existe apenas para livrar as pessoas das doenças e
enfermidades do corpo.
O livro de Êxodo, apresenta um Deus que está
presente na vida do seu povo. Um Deus que se importa e age em favor dos seus.
Uma segunda reação diante dos problemas da
vida é Confiar no Plano Soberano de Deus.
Acredito que não é difícil entendermos a soberania de Deus, isto é,
Deus está acima de tudo e de todos e controla tudo o que acontece na história
humana e em nossas vidas particulares.
Às vezes, até confortamos as pessoas com tais palavras. Mas quando o
assunto é conosco, as coisas mudam. O que seria o oposto de confiar na
soberania de Deus? Reclamar de tudo que acontece na nossa vida, seja uma
simples topada ou algo irreversível como a morte de um ente querido.
Essa é a nossa grande tendência diante das ações da vida, a
murmuração. Apesar de sabermos que não devemos murmurar e que quando murmuramos
estamos agindo contra o plano soberano de Deus, nossa tendência natural é abrir
a boca e manifestarmos nossa profunda insatisfação com a situação.
A confiança no plano soberano de Deus deve ser maior que nossas
murmurações. Confiar na soberania de Deus não quer dizer que vamos entender
tudo e nem que estaremos livres do sofrimento. E é por isso, que precisamos
confiar, precisamos ter fé, porque não sabemos o plano todo, e ainda estamos
sofrendo. No entanto, uma verdade é certa: Deus é soberano e cuida pessoalmente
de cada um de nós. Não podemos esquecer disto: o nosso Deus é o Deus que vê o
nosso sofrimento, que atenta para nossa aflição, que é como um pai, que dá o
melhor para seus filhos.
Se essa verdade do cuidado de Deus por nós está sempre visível e
alerta em nossa mente, pode o mundo desabar, mas vamos continuar confiando no
Senhor. Não importa o que aconteça, a nossa fé continuará firmada no soberano
Senhor.
Se o plano de Deus na minha vida inclui triunfar, então vou
triunfar, mas se inclui sofrer, então vou sofrer. Deus é soberano, e nunca
permitirá que seus filhos sofram em vão, e por mais que amargoso seja o
sofrimento presente, precisamos crer que é o melhor de Deus para nós, mesmo que
não entendamos, e mesmo que pareça desesperador, há um sorriso escondido de
Deus em meio a um olhar carrancudo.
Cremos nisso? Cremos que no plano soberano de Deus pode incluir o
sofrimento? Pode inclui fatos incompreensíveis?
Se cremos, então obedeçamos ao Senhor, e perseveremos com fidelidade,
por que um dia o botão da rosa se abrirá, e sua beleza ofuscará a feiura dos
espinhos.
A lei de Newton sugere uma reação para cada ação, com a mesma
intensidade. Então se o plano soberano de Deus age em nós com sofrimento e dor,
usemos a mesma intensidade para confiar no controle de Deus sobre nossa vida e
para cultivar uma vida intensa de comunhão e adoração a Deus.