segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL


       Feliz Natal, frase comum nesta data comemorativa de 25 de dezembro. Certo amigo do facebook postou: Feliz Natal a todos! Aí eu me pergunto: tem sentido esta frase?Perguntou ele.
      Talvez dos milhões de cristãos esse foi um dos que nesta data não apenas repetiu o que a sociedade impôs como um costume dotado de pouco valor, mas que em poucas palavras parou para refletir sobre se esta frase tem sentido ou não. Embora ele não tenha respondido a pergunta feita, acredito que esta frase pode ter e não ter sentido.
    De maneira genérica, Feliz Natal significa que estamos desejando para alguém um momento de felicidade nesta data. Neste sentido, a expressão seria semelhante a saudações como bom dia! Feliz aniversário! Acredito que a maioria das pessoas a usam neste sentido, Feliz Natal apenas como uma saudação, que pode-se levar a um uso comum e rotineiro sem realmente nenhuma racionalidade no dizer a frase, mas apenas algo que se tornou o costume.
    Mas uma pergunta surge? Seria sem sentido eu desejar que amigos e parentes tenham momentos de felicidade no natal? Sim e não.
   Não, porque acredito que não é sem sentido desejar de coração que pessoas ao nosso redor desfrutem da felicidade, principalmente na época que celebra-se o nascimento do salvador.
   Sim, pode ser sem sentido, se eu tiver contaminado com a mecanicidade da saudação em si, quer dizer, se desejar Feliz Natal apenas por desejar, sem ter de fato a intenção do desejo da felicidade ao meu próximo. Se tiver sido deixado levar pelo costume da data em si.
   Mas a razão principal, para esta saudação não ter sentido, é quando ignoramos o verdadeiro significado do natal. Quando deixamos de lado aquele pelo qual celebra-se o natal. Quando ignoramos o motivo do seu nascimento, e quando não imitamos a celebração do seu nascimento.
Por isso o natal significa celebrar:
1-      O nascimento de Jesus
Jesus nasceu, esse é o grande motivo de celebrarmos o natal. O nascimento de Cristo cumpre diversas profecias do Antigo Testamento dentre elas: a de Isaías 7.14 que o evangelistas Mateus registra em 1.23: “Eis que a virgem conceberá e dará a luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel(que quer dizer Deus conosco)”.
No nascimento de Jesus temos a divindade aproximada dos seres humanos, Deus estaria no meio das pessoas em Jesus Cristo, é como o Evangelista João descreve em 1.14 “e o Verbo se faz carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos sua glória, glória como do unigênito do Pai”.
O nascimento de Jesus proporcionou àqueles e a nós um melhor conhecimento de Deus, uma aproximação maior do Senhor, pois Ele esteve entre as pessoas de modo que puderam testemunhar a glória do Senhor.
Por isso, não devemos desviar o foco. O aniversariante desta festa é Jesus. No natal não podemos esquecer disso, e nem substituir Jesus por presentes e ou ícones criados pela sociedade, como: presépio, Papai Noel, comércio.
Comemorarmos o natal sem lembrar de Jesus é tornar o natal sem sentido, sem valor. Se no natal apenas nos reunimos com familiares e amigos para ceia ou troca de presentes e esquecemos de celebrar o nascimento de Jesus, qual sentido tem o natal? Talvez estejamos celebrando a nós mesmos, nossas famílias, nossos amigos. Desta forma, dizer feliz natal uns aos outros, seria algo sem sentido ou apenas seguir o costume da sociedade desvirtuada dos valores divinos.
Por isso, celebre o natal como o nascimento de Jesus, o Emanuel. Celebre a aproximação de Deus a você por meio da encarnação de Jesus. Celebre a glória de Deus que pode ser melhor contemplada na vida de Jesus. Celebre a oportunidade de conhecer a Deus através da revelação especial, Jesus.
Dizer Feliz Natal sem lembrar que no Natal estamos celebrando o nascimento de Jesus, será uma saudação dotada de nenhum valor.

Em segundo lugar o natal significa celebrar:
2-      O nascimento de Jesus, nosso salvador
Além do nascimento de Jesus aproximar Deus aos homens, uma outra verdade que não podemos esquecer, é o propósito pelo qual Jesus nasceu. Ele não nasceu apenas para Deus estar presente entre os homens, mas nasceu com um propósito redentivo. Jesus nasceu para ser o nosso salvador, para salvar-nos dos nossos pecados.
Foi isto que Mateus registrou em seu evangelho em 1.21 quando o anjo disse para José que Maria daria a luz a um filho que deveria ser chamado Jesus, porque ele salvaria o seu dos pecados deles.
Lucas narra em 2.11 quando um anjo apareceu aos pastores e disse-lhes para não temer, pois naquele dia havia nascido o salvador, Cristo o Senhor.
Simeão, homem justo e piedoso que aguardava a consolação de Israel( o perdão dos pecados), ao pegar Jesus em seus braços disse em Lucas 1.29-30: “Agora, Senhor, podes despedir em paz teu servo, segundo a tua palavra; por que os meus olhos já viram a tua salvação”.
   Será que quando desejamos Feliz Natal para alguém, lembramos dessa grande verdade? Lembramos que Jesus nasceu para nos livrar da condenação eterna do pecado? Será que lembramos que por nossa culpa o próprio Deus teve que vir ao mundo pecaminoso, ser tratado como um malfeitor e morrer a pior morte da época? Será que pensando em Jesus nosso salvador, o que nos vem a mente é o que somos agora(salvos, filhos de Deus), e desfrutaremos nos porvir(o ceú), ou refletimos sobre o que Jesus teve que sofrer para nos dá a salvação do inferno. Acredito que muitos de nós temos pouco refletido sobre este assunto, Jesus nosso salvador.
Por isso dizer Feliz Natal, sem lembrarmos o que éramos(pecadores perdidos), e o que Jesus é (o salvador da nossa alma), é falar palavras vazias e sem sentido, pois Feliz Natal só terá sentido se tivermos em mente que Jesus é o grande e o único salvador das nossas almas.

Em terceiro lugar o natal significa celebrar :
3-      O nascimento de Jesus foi com grande alegria
Nesta terceira razão a palavra feliz da expressão Feliz Natal se encaixa melhor, pois foi esse o estado emocional das pessoas que testemunharam o nascimento de Jesus. Foi esse o sentimento que tomou conta das pessoas envolvidas no primeiro natal.
Felicidade é o estado de uma pessoa feliz, uma sensação de bem estar e contentamento, que pode ocorrer por diversos motivos. A felicidade é um momento durável de satisfação, onde o indivíduo se sente plenamente feliz e realizado, um momento onde não há nenhum tipo de tristeza.
Isabel, em Lucas 1.39-45, possuída pelo Espírito Santo, alegra-se por receber a visita de Maria, e testemunha que a criança que estava no seu ventre ao ouvir a voz da sua saudação estremeceu-se de alegria no seu ventre.
Na sequência a própria Maria faz um cântico em que diz está com seu espírito alegre em Deus seu salvador, por Ele está realizando nela grandes coisas. 

Foi esse o sentimento que invadiu o ser dos sábios que vieram do Oriente para ver Jesus, o rei dos judeus. Mateus em seu evangelho 2.10 diz que “quando eles viram que a estrela parou onde estava o menino, eles alegraram-se com grande e intenso jubilo”. Literalmente seria que eles alegraram-se com uma alegria grande e muita. Eles sentiram plenamente alegres por poder contemplar o salvador da humanidade, por terem sido escolhidos por Deus para achar esse salvador ainda que pequeno e frágil, mas poderoso para despertar a fé verdadeira nos seus corações.Poderíamos ainda mencionar Zacarias, os anjos, os pastores, Simeão, a profetiza Ana, todos foram inundados de alegria por testemunhar o nascimento do salvador.  

Para nós, Feliz Natal terá sentido se deixarmos ser tomados por grande alegria em celebrarmos o nascimento do nosso salvador. Mas se Feliz Natal não passar de uma simples saudação que se usa em apenas uma época do ano sem perceber como o natal foi celebrado no principio, não terá realmente sentido dizer esta frase.
O cristão deve imitar a empolgação dos primeiros citados com o nascimento de Cristo, ele deve deixar a alegria invadir o seu ser e quando disser Feliz Natal deve ter a plena consciência de que esta alegria que deseja neste dia é decorrente da grande oportunidade de salvação que recebeu através do nascimento Jesus, seu salvador. Eu estou feliz, Jesus me salvou, e por isso desejo a você a mesma felicidade, pois Jesus te salvou também, e talvez possa te salvar dependendo da pessoa a quem se salda.
Concluindo, Feliz Natal terá sentido, se não for uma simples saudação mecânica e dita sem inteligência, mas se deixarmos entender que Feliz Natal, significa a celebração do nascimento de Jesus Emanuel, Deus aproximando-se do homem; a celebração do nascimento de Jesus Salvador, Jesus sofrendo para perdoar nossos pecados; e a celebração do nascimento de Jesus com alegria, pois a salvação está a nossa disposição.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

AMOR PERSISTENTE



A persistência tanto pode ser uma virtude, quando se fala de alguém que é perseverante, firme, constante, quanto um defeito, quando se refere a alguém teimoso, que persiste no erro.
Quando falamos que Deus ama de modo persistente, queremos dizer que: APESAR DE NOSSOS PECADOS DEUS CONTINUA NOS AMANDO. E para comprovar isto gostaria de mencionar um exemplo nas Escrituras que destacam o amor persistente de Deus.
JESUS AMOU SEUS DISCÍPULOS ATÉ O FIM
Esse foi o testemunho de João, o evangelista. João menciona que antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de deixar a convivência   com os discípulos, amou –os até o fim. (13.1)
É interessante que não é Jesus quem diz que amou seus discípulos até o fim, mas alguém que provou desse amor dá testemunho do amor perseverante de Jesus.
A palavra fim, do grego Telos, na sua origem significava: “O ponto culminante onde termina uma etapa e começa outra, depois veio a significar o alvo, o fim, maduro, completo, perfeito”.
Em nosso texto, entendo essa palavra de duas formas:
Jesus amar seus discípulos até o fim significa que Jesus os amou enquanto esteve com eles, até a etapa final do seu ministério terreno, antes de sua ascensão. Pois é isto que João enfatiza, no verso 1, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o pai, tendo amado seus discípulos que estavam no mundo, amou-os até o fim. 
Amar até o fim, também significa que Jesus os amou com um propósito aperfeiçoador. Em João 17.23 Jesus ora para que seus discípulos fossem aperfeiçoados em unidade. Jesus esperava que eles atingissem o alvo, que chegassem ao fim, a unidade.
Amar até o fim, João 13, significa que Jesus queria que eles fossem aperfeiçoados em humildade, pois é isto que os versos seguintes indicam. Jesus vai lavar os pés dos seus discípulos, dando-lhes um grande exemplo de humildade. A humildade aqui ligada ao servir aos outros era uma virtude ainda difícil de ser cultivada na mente dos discípulos, nos outros evangelhos há relatos de brigas entre eles para saber quem era o maior. Jesus aqui mais uma vez tenta corrigir essa falha no caráter dos seus discípulos como prova do seu amor persistente por eles.

domingo, 9 de setembro de 2012

Quem é Deus para você?




Muitos podem pensar em Deus como aquele ser que foi criado pelos homens para acalmá-los dos seus medos e fraquezas. Chegam até a dizer que não foi o homem criado a imagem de Deus, mas Deus foi criado a imagem e semelhança do homem, estes veem Deus apenas como uma terapia, algo para ajudar a viver melhor.
Outros podem imaginar Deus como um policial do universo, sempre pronto para punir os homens caso falhem com Ele, caso quebrem suas regras; estes vivem com medo dos castigos divinos e os tem como um deus vingativo e sempre irado.
Ainda há aqueles que veem Deus como um  amoroso e compassivo avô que sempre passa a mão na cabeça dos seus netinhos e os aceita sem nenhuma correção, estes tem vida baseada na falsa impressão que no final Deus perdoará todos e tudo vai ficar bem.
Além destes, existem aqueles que têm a crença em um deus longe que está na sua glória, no céu e que não está interessado de maneira alguma nos acontecimentos da terra e dos seres humanos em si. Vivem com uma crença em um deus distante e desinteressado de sua criação.
No entanto, no livro de Êxodo temos um retrato maravilhoso de Deus, pintado por Moisés com o pincel e a tinta do Espírito Santo. Neste retrato temos um Deus atento, presente e amoroso para com seu povo. Um Deus altamente pessoal e presente na vida dos seus filhos.
O povo de Israel estava em intenso sofrimento. Chegaram apenas 70 pessoas e com o passar do tempo se multiplicaram causando grande medo ao rei do Egito.
A sua primeira estratégia foi impor sobre eles trabalhos forçados. Foi sem resultado, quanto mais os afligiam mais eles se multiplicavam. A segunda, foi fazê-los trabalhar com dureza. A terceira, foi matar todos os meninos que nascessem, mas também foi sem resultado. A quarta, foi jogar todos os meninos no rio Nilo.
Era este o contexto do povo hebreu no início do livro de Êxodo, muito sofrimento. Talvez eles estavam perguntando: onde está Deus? Que tanto sofrimento é esse? Será que Deus não está vendo? Deus não vai fazer nada?
Essas e outras perguntas permeiam nossas mentes diante do sofrimento e dependendo de cada um, pensamos que estamos sozinhos e que o Senhor nos abandonou.
No entanto, neste exemplo bíblico do sofrimento do povo de Israel aprendemos como Deus de fato é, um Deus conhecedor de todo o sofrimento e ativo em favor daqueles a quem ama.
            Em Êxodo conhecemos um Deus que está atento para o sofrimento do seu povo. No capítulo 2 versículos 23-25 e em capítulo 3 versículo 7, Moisés destaca a atenção de Deus para com seu povo, ao usar as expressões: Deus ouviu o seu gemido (ouvir e responder a oração). Deus lembrou-se da aliança (Prestar atenção no sentido de agir em favor de). Deus viu os filhos de Israel (expressa o olhar provedor de Deus, olhar e fazer algo). Deus atentou para sua condição (É usada para designar o conhecimento que Deus tem do homem e de seus caminhos).
          Nestes versículos podemos ver de fato como Deus é. O Deus conhecido por Moisés, o Deus que tinha uma intimidade profunda com o profeta, por isso é descrito dessa maneira. A intimidade de Moisés com Deus fez com que ele o descrevesse assim. O conhecimento verdadeiro e profundo que Moisés tinha com Deus o levou a pintá-lo dessa forma.
Se dependesse de sua intimidade com Deus, como ele seria descrito? Se hoje fosse possível escrever um livro sobre Deus, como Ele seria apresentado por você? Como Moisés o apresentou? Ou apenas um dos deuses que vimos no começo da mensagem?
Esse é o nosso Deus, o Deus que está atento. Sabe naqueles momentos que você está gemendo de tanta dor, naquelas horas em que você está sofrendo muito e colocando sua causa perante Ele, seja um esposo, duro que te faz gemer, seja um filho rebelde que te faz chorar, seja uma esposa rixosa que te faz clamar, seja um patrão corrupto que te faz sofrer, sejam pais ausentes que causam danos a você, seja qual for o teu gemido, tenha certeza que Deus está ouvindo, por mais que você se sinta sozinho, Deus está ouvindo, por mais que teu sofrimento seja demasiadamente silencioso, Ele está ouvindo. Por mais que ninguém saiba do teu sofrimento, na verdade às vezes, é até fácil escondermos nossos sofrimentos, ou mesmo até as pessoas não perceberem nossas aflições, mas saiba de uma coisa, Deus não tampa os ouvidos para o choro dos seus filhos.
Deus está vendo o nosso sofrimento, está olhando quando somos injustiçados, está vendo quando somos desprezados por conta da nossa fé, está com os seus olhos em nós quando estamos em lágrimas de sofrimento, quando estamos no poço da aflição, quando a vida está amargando de tanta dor, Deus está olhando para nós com o seu olhar provedor, e no momento certo Ele agirá em teu favor.

domingo, 29 de julho de 2012

Amor Disciplinador



Das diversas formas que a Bíblia apresenta Deus, uma delas é usando uma figura bem próxima de nós, a de um pai, que dentro do contexto da humanidade, todos, de uma maneira ou de outra, tiveram um. Deus é retratado como um pai bondoso, amoroso que cuida e disciplina seus filhos.
Este tema não é de tão fácil aceitação. Como o amor pode combinar com a disciplina? Como eu posso dizer que Deus me ama agindo em favor de mim, se ao mesmo tempo tenho que dizer que Ele me disciplina, agindo de maneira que eu me sinta desconfortável, ou que eu venha a sofrer? Como podemos conciliar?
O primeiro passo a se tomar é rever o nosso conceito de disciplina. Infelizmente a experiência que temos tido no contexto familiar tem sido muito negativa, por isso a necessidade de rever o assunto.
     Geralmente a disciplina é exercida como um descarrego de raiva. Como um descontar no transgressor todo o sentimento de raiva por suas ordens não terem sido obedecidas.
     Portanto muito do que nós aprendemos por disciplina se limita ao castigo físico,          humilhação verbal, privação. Alguns fazem a combinação dos três tipos. Além de sofrer o dano físico, sofrerá o dano emocional, e sua liberdade estará privada.
     Geralmente são estes os conceitos de disciplina que temos e que exercemos sobre nossos filhos, ou que sofremos através da disciplina de nossos pais. Por isso a grande dificuldade de conciliarmos o amor de Deus e a sua disciplina.  
     O segundo passo para conciliarmos a disciplina de Deus como ato de amor é olharmos para o que a Bíblia fala sobre o assunto.
     A disciplina existe porque existem regras, e estas são quebradas. Quando estas regras são quebradas, algo precisa acontecer ao transgressor para que ele tenha noção da sua atitude e tenha consciência de que não deve transgredir novamente, pois ao não cumprir as regras estará trazendo prejuízos para si próprio.
     Nesse contexto disciplina foca no amadurecimento do transgressor e não simplesmente na reação do ofendido. O ofendido não deve levar para o lado pessoal, controlando suas emoções e orientando o ofensor sobre o acontecido.
     Em ambos os Testamentos a disciplina enfatiza a correção que resulta em educação. Promoção de um amadurecimento espiritual.
     Em Hebreus 12.4-13 o autor faz uma citação de Provérbios 3 sobre a disciplina de Deus. Desse texto podemos aprender vários conceitos sobre a disciplina amorosa de Deus.
     Ele vai mostrar que certas provações na vida são disciplina amorosa do Senhor. (4-6)
     Estes crentes estavam sofrendo fortes perseguições, mas não havia ainda custado a vida de ninguém. Eles são exortados a perceber que estavam sendo provados pela disciplina amorosa do Senhor.
     Três ideias eles tinham que ter sobre a disciplina: 1) Não menosprezar – achar que não precisavam dela; 2) Não desmaiar – achar pesado demais; 3) Reconhecer que a disciplina é um ato amoroso de Deus para nossa correção.
     Deus nos trata como filhos, por isso nos disciplina. A falta de correção de Deus na vida de crente é um problema sério. (prova que você não é um filho de Deus).
     O autor de Hebreus ainda destaca que a nossa obediência aos pais nos ajudará a aceitarmos a correção de Deus. Obedecer aos pais é um treino para obediência a Deus. Deus é o nosso grande pai espiritual e por isso devemos a Ele toda nossa submissão, para assim vivermos.
     A disciplina de Deus visa nossa santidade. Deus nos disciplina para aproveitamento, para sermos melhores; para participarmos da sua santidade.
     A disciplina traz tristeza ao coração do homem. Quem se alegra quando disciplinado? Quem fica feliz quando Deus está corrigindo? Na verdade muitas vezes nos revoltamos contra Deus, com as pessoas, com a vida, porque dói, causa tristeza, desconforto.
     Mas tem que doer mesmo, temos que sentir pelo que fizemos, nem consolados devemos ser. Precisamos sofrer para amadurecer, pois essa é a única opção que muitas vezes damos para Deus. A disciplina produz fruto pacífico, fruto de justiça e motiva-me a firmeza espiritual.
DEUS NOS DISCIPLINA PORQUE FALHAMOS, MAS VISANDO O NOSSO AMADURECIMENTO ESPIRITUAL.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Amar os inimigos é uma evidência que sou um Filho de Deus.( Mt 5.45-48)
Seu sou filho de Deus, então amo meu inimigo
A segunda razão para amar meus inimigos está fundamentada na minha paternidade, de quem eu sou filho. Sabemos que como filhos expressamos o caráter de nossos pais.
Jesus adverti que assim como o Pai celeste faz nascer o sol sobre os maus e os bons, e faz vir chuvas sobre justos e injustos, assim também devemos amar nossos inimigos, para que evidenciemos que somos seus filhos.
Ser filho de Deus é evidenciado não por vir uma igreja, ou fazer parte de uma família de crentes, ou de participar de uma comunidade religiosa, mas sim, de amar os inimigos.
Jesus mostra claramente que Deus ama a todos, embora nem todos correspondam ao seu amor. Deus como prova do seu amor, faz nascer o sol, faz vir às chuvas, dá estações frutíferas, providencia tudo para o homem possa viver, sendo este homem em muitos casos seu inimigo. Rm 5.10.
Jesus ainda destaca que amar somente os que amam é um padrão normal na humanidade.
Jesus destaca que nenhuma recompensa terá se amar somente os que os amam, se saudar somente aqueles que vos saúdam. Jesus menciona que os gentios e publicanos que eram considerados pecadores por eles, também faziam o mesmo.
Jesus conclui nos mostrando que somente através da maturidade espiritual é que amaremos nossos inimigos.
Jesus conclui com a exortação de sermos perfeitos assim como o nosso Pai celeste. Aqui devemos entender que perfeição se refere a maturidade e não alguém que não comete mais erros.
Esta palavra é usada para contrastar um adulto com uma criança. O adulto ele amadureceu, enquanto a criança ainda tem atitudes infantis.
Jesus nos mostra que devemos seguir a caminho da maturidade de nosso Pai celeste. Deus o nosso Pai deve ser o padrão de maturidade que deve alcançar, espelhar, orientar.
Minha paternidade me ajudará ou não a amar meus inimigos.
Se sou filho de Deus amarei os que me perseguem; farei o bem aqueles que desejam o mau contra mim.
Se não consigo agir assim, devo considerar duas opções: talvez não seja um filho de Deus, tenha me enganado, ou apenas pensado que era somente vir a igreja, fazer parte de uma comunidade religiosa; outra opção é que não tenho me tornado um filho de Deus, quer dizer: não tenho deixado Deus completar sua obra na minha vida de maneira que evidencie através dos meus atos o caráter do Pai celeste.
Amar os inimigos é um grande desafio
Jesus destacou que é extremamente fácil amar os que nos amam, todos fazem isso. Crentes e descrentes agem dessa forma. É um padrão natural na sociedade.
No entanto, amar os inimigos é algo difícil e desafiador. Quantas vezes você saudou aquele que não te saudou? Qual a nossa tendência? Não saudar mais. Se você passa por alguém e este não recebe seu cumprimento o que naturalmente faz? Não saúda mais.
Quantas vezes você tem demonstrado amor por aqueles que te perseguem? Quantas vezes tem falado de bem daqueles que você sabe que falam de mal de você? A nossa tendência é também falar mal.
Quantas vezes tem orado por aqueles que tem planejado o teu mal?  Como temos amados os pecadores que desprezam a Deus com suas atitudes e palavras?
Deus é o padrão para minha santidade
Devo amar assim como Deus ama e ser maduro como o Senhor. Meu amor pelo meu inimigo não deve ser condicionado a ninguém e nem alguma circunstância, mas no exemplo que Deus é para mim.
Por isso o amor de Deus é um amor desafiador. Como podemos amar aqueles que nos odeiam? Não dá para compreender, no entanto, sabemos que é dessa maneira que devemos agir, eis o desafio.

domingo, 29 de abril de 2012

Amor Desafiador



O apóstolo Paulo em Ef 3.19 diz que o amor de Deus excede todo o entendimento e uma das razões para isso é que ele é DESAFIADOR. O Senhor Jesus no evangelho nos desafia a amar nossos inimigos. Amar os inimigos é um grande desfio.

1-   Amar os inimigos depende de uma interpretação correta das Escrituras.(Mt 5.43-44)
     Este trecho é iniciado com a expressão: “ouvistes o que foi dito:... eu, porém, vos digo:...” Nesta parte do sermão do monte Jesus está corrigindo vários ditados que os fariseus usavam como ensinamentos para o povo.
     Como Jesus mesmo falou em 5.17, que veio cumprir a lei, não anulá-la, quer dizer, Jesus veio cumprir as profecias a respeito dEle na lei, e dar a verdadeira interpretação das Escrituras. Por isso, nesta parte do sermão do monte você pode perceber que várias vezes aparecem esta expressão: “ouvistes o que foi dito:... eu, porém, vos digo:...”
            Jesus nesssetexto vai explicar mais uma parte da lei, mal interpretada pelos religiosos da época. Ele diz: Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
            É interessante que parte desse ditado de fato estava na lei. Em Lv 19.18 diz: Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR.
            Mas a segunda parte do versículo não é encontrada em nenhum lugar das Escrituras. Esta parte referia-se a maneira como escribas e fariseus explicavam e aplicavam este mandamento do AT.
            Se observar no texto de Levítico há de fato uma ênfase contrária ao odiar os irmãos. Eles não deveriam se vingar e nem guardar ira, mas amar os filhos do seu povo.
            A má interpretação dos escribas e fariseus tinha contaminado várias gerações de modo que o odiar os inimigos era parte aceitável na ética judaica da época. Eles odiavam os: publicanos, pecadores, prostitutas, gentios, samaritanos, etc.
            Havia toda uma geração contaminada pela errônea interpretação de uma liderança religiosa que estava apenas ligada a aparência das coisas e não a profunda devoção a Deus.
            Jesus mostra a maneira correta de interpretar o versículo. Ele diz: eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; Jesus mostra que no amar o próximo também deveria incluir os inimigos, pois eles também estavam na categoria de próximo. Jesus vai mais além da interpretação farisaica, mostrando a verdadeira interpretação das Escrituras sagradas e mostrando o erro cometido por eles.
            Na verdade este ensinamento de agir em favor com os inimigos não era algo estranho na Palavra de Deus. Em Pv 25.21
“ Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; se tiver sede, dá-lhe água para beber,”. O AT já recomendava o fazer o bem até aqueles que fossem inimigos.
            Jesus mostra que devemos amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem. E se formos pensar bem, foi exatamente o que Jesus fez: ele amou aqueles que o desprezaram (jovem rico, Judas), e orou pelos que o condenaram(Pai perdoa-os).

Aplicação
Vimos que devemos amar nossos inimigos.
A primeira atitude a se tomar é saber quem são seus inimigos?
Talvez você pense que não tem nenhum inimigo, e bom que realmente não tenha, mas talvez em sua mente você já bloqueou alguém e o tornou como inimigo.
Você fazer uma analise na sua vida e perceber como você trata certas pessoas, às vezes com pouca tolerância, com pouca paciência, com pouca amistosidade.
Uma forma de identificar um inimigo é perceber quem te aborrece.
Quem são aquelas pessoas que através de suas atitudes causam em ti um certo desconforto? Quem são aquelas pessoas que facilmente te irritam? Talvez estes não sejam inimigos de fato, ou já estão caminhado para esse fim. Cuidado que você pode ter vários candidatos à lista de inimigos e nem tem percebido. Ex. teu filho te irrita? Teu cônjugue? Teu professor? Teu patrão? Teu irmão? Teu pastor? Lembre-se que aqueles que te aborrecem devem ser agraciados com teu amor.
Outro fato a se pensar melhor é se você não é o inimigo do outro.
 Se as suas atitudes estão aborrecendo o seu próximo de maneira que ele tem te tachado como inimigo. Talvez você seja o patrão que aborrece o empregado; a esposa que faz raiva ao marido; o filho que irrita o pai; aquele que está trazendo sentimento de mal estar naqueles com os quais se relacionam.
Cuidado que as falsas interpretações podem atrapalhar o teu amor pelas pessoas.
Hoje mais que tudo precisamos ter um compromisso sério com as Escrituras, interpretá-las como convém e não por conveniência.
Uma geração toda pode se perder por uma falsa interpretação das Escrituras.
Hoje temos homens sendo adorados como deuses, sejam os santos, sejam pastores, apóstolos, bispos, bispa, crianças.
Cuidado com essa geração que se diz cristã e evangélica, pois estão se distanciando cada dia da Palavra de Deus, por conta de suas próprias interpretações. Cuidado, pois são muito sutis, e deturpam a Palavra de Deus para conseguir o seus desejos egoístas. 

domingo, 25 de março de 2012

O Amor Incondicional de Deus



Se você fosse escolher pessoas para uma partida de futebol e tivesse de um lado: Messi, Neimar, Cristiano Ronaldo e do outro pastor José, Antônio e Pedro, quais destes grupos você escolheria pra fazer parte do seu time?
Geralmente as nossas escolhas são baseadas em algum tipo de interesse ou vantagem que podemos tirar do resultado de tal decisão. Na escolha do time, por que você escolheria o time das estrelas? Porque você queria ganhar. O seu interesse era ganhar a partida de futebol. Assim, levamos a vida, muitas vezes com a falsa ilusão de que nossas escolhas devem sempre ter o critério da lei da vantagem.
E para amar qual critério usamos? Amamos aqueles que são receptíveis ao nosso amor; aqueles que são recíprocos; aqueles que nos valorizam por amá-los. Amamos aqueles que estão dispostos a nos amarem. Amamos de modo interesseiro.
No entanto, temos aprendido que amor não é só afeição, sentimento, mas também decisão. Amamos não somente porque nos traz uma sensação de bem estar, ou porque receberemos algo em troca, mas porque decidimos amar.
É sobre esta característica do amor de Deus que gostaria de meditar. O AMOR INCONDICIONAL, aquele amor que decide amar e que não é fundamentando naquilo que vai receber.

O texto base é: Dt 7.7-8 Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.

1- Contexto

Moisés estar fazendo um discurso de despedida para o povo que iria herdar a terra de Canaã. O livro é formado em três sermões, sendo que o capítulo 7 está no segundo sermão que trata a aliança que Deus fez com seu povo.

Esta geração era nova, pois os rebeldes haviam morrido no deserto, salvo Josué e Calebe. Esta geração não tinha presenciado os milagres de Deus na saída do Egito, e nem davam conta de fatos importantes que levaram a Israel ser o que é naquele momento.

2- DT 7

1-5 – Moisés está exortando o povo sobre qual atitudes deveriam tomar quando entrassem na terra prometida.

v.2,5 - Eles deveriam destruir esses povos sem piedade. Eles deveriam acabar com toda a idolatria daquele povo.

v.3,4- Eles não deveriam fazer aliança com esses povos. Não realizar casamento misturando os povos, pois isso faria o povo a servir a outros deuses.

v.6- Deus escolheu Israel para ser o seu próprio povo.

v.7,8- mostra a intenção de Deus em amar Israel, foi simplesmente porque Ele quis amar.

O texto diz que o Senhor não teve afeição por que eles eram mais numerosos do que os outros povos, o contrário, eram os menores, mas por que o Senhor os amou.

Não teve o Senhor afeição- esta palavra fala de aquilo que se apega a algo ou alguém; indica aquele amor que já está ligado ao seu objeto. Para Deus, descreve seu amor para com Israel, como uma íntima e profunda afeição. Deus estava ligado a eles por sua própria vontade de amor, e não por causa de qualquer coisa boa ou desejável que tivessem.

Quem era Israel quando Deus os chamou? Um casal de velhos. Na verdade Israel ainda nem existia, nem no pensamento humano, visto que Abraão e Sara eram incapazes. Quem era Israel quando chegou ao Egito? 70 pessoas no meio de uma multidão.

Deus os chamou porque Ele quis, não por conta do que eles poderiam lhe retribuir. Talvez se fosse em nossa perspectiva diríamos: essa amizade só me deu prejuízo, aborrecimento.

Mas Deus se ligou a Israel com amor, um profundo sentimento de amor que supera toda retribuição do ser amado. Há várias passagens bíblicas que destacam o amor de Deus por Israel: Dt 4.37; Is 43.4; Jr 31.3; Ml 1.2; Mc 10.21; Jo 11.5.

3- Aplicação

É fato que Deus nos amou de maneira desinteresseira. Deus decidiu nos amar. Em Rm 5.8, 6, 10 fica claro que não nada em nós que O motivasse a nos amar.

Deus nos tem amado, a questão é o nosso amor para com Ele, pois saber que Ele nos ama de maneira incondicional, deve nos fazer refletir sobre a retribuição do nosso amor.

Por que você ama a Deus? Pelo que Ele é? Por ser Deus? Ou pelo que Ele faz?

Acredito que muitas pessoas estão à busca de Deus por conta dos benefícios que Ele pode dar para elas. Muitos estão O buscando pelo dinheiro, saúde, família, sucesso profissional. Se a sua busca a Deus se limitar a esses interesses, o seu amor por Ele será o mais vazio de todos. E certamente você o abandonará como muitos outros os tem abandonado, por não ter conseguido o que queriam.

Você ama a Deus? Você seria capaz de amar a Deus mesmo se Ele te mandasse para o inferno? Você seria capaz de dizer: Senhor mesmo assim eu te amo, porque decidi te amar. Acredito que não. Quebramos uma unha e queremos nos desviar de Deus como de fosse culpa dEle.

Você seria capaz de amar a Deus se Ele todos os dias te ofendesse sem motivo? Se todos os dias Ele fosse ingrato contigo? Se aquilo que você faz para Ele não valesse nada? Se por causa dEle o seu único filho morresse? Acredito que não. Mas é tudo isso que fazemos com Deus e Ele mesmo assim nos ama.

Deus nos ama, simplesmente por que decidiu nos amar. Seu amor deve nos motivar a amá-lo todos os dias de nossa vida.

Talvez se fosse Deus escolher jogadores para o seu time Ele escolheria os desconhecidos, e se perguntássemos o porque da sua escolha Ele responderia: escolhi porque os amei, me apeguei a eles por amor. E o jogo? É certo que vão perder. Não importa. O importante é que os amo. E ganhando ou perdendo eu continuarei amando-os.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

É no Espírito que devemos andar.

Nesta semana que passou o Brasil parou para a realização do carnaval, festa que tem suas origens na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Posteriormente, os gregos e romanos inseriram bebidas e práticas sexuais na festa.

No Brasil a festa chegou a partir de 1723 sob forte influência europeia e perdura ainda até os dias de hoje, não tão diferente de como era feito em suas origens. Sabemos que o carnaval como seu próprio significado nos diz, é um período em que há um grande incentivo aos prazeres da carne. Os homens nesse período sentem-se mais a vontade para satisfazerem os desejos da natureza pecaminosa.

No entanto, para os verdadeiros cristãos, esta festa está em contradição com os princípios que Deus ensina em sua Palavra, pois o Apóstolo Paulo escrevendo ao povo de Deus que morava na região da Galácia (Ásia Menor), na carta aos Gálatas, por volta da década de 50 d.C. já os exortava a andar no Espírito e não na Carne.

Aos Gálatas 5.16-17

Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.

Deste texto podemos aprender algumas lições:

Andar no Espírito é uma ordem para o crente (Gl 5.16)

Note que o verbo está no modo imperativo, indicando uma ordem por parte de quem fala. Andar no Espírito não é opcional para o crente, mas sim um dever, faz parte das suas obrigações cristãs, ou melhor, caracteriza-o como cristão.

Andar no Espírito é um padrão para o crente (Gl 5.16)

A palavra andar significa comportar-se, conduzir a vida. Significa um tipo de comportamento que devemos ter. Na vida desenvolvemos certos hábitos que se tornam padrões para nós; da mesma forma, andar no Espírito é o padrão de vida que todo cristão deve ter, almejar, buscar, lutar para conseguir.

Andar no Espírito ajuda-nos a não satisfazer os desejos da carne (Gl 5.16)

A palavra concupiscência significa “um forte desejo” pelas coisas proibidas. Um desejo incontrolável que requer sua satisfação. Seria como se Paulo dissesse assim: Vivam de acordo com o Espírito de Deus e não completeis os desejos proibidos da vossa natureza pecaminosa.

Andar no Espírito ajuda-nos a vencer as batalhas espirituais (Gl 5.17)

Paulo também nos mostra que há uma luta entre a carne e o Espírito. Porque a Carne, a nossa natureza pecaminosa, tem desejos que são contrários aos desejos do Espírito. Os dois estão em ação contínua de oposição. E o que vai vencer será o que mais você se alimentar.

Alimentar o Espírito requer disciplina. Oração, meditação na Palavra, jejum, comunhão com os irmãos e serviço são algumas maneiras de alimentar o Espírito. Já alimentar a carne é só não praticar nenhum desses itens citados acima. É preciso reconhecer que há uma luta interna na vida do cristão e que precisa preparar-se para vencer.

Esse é o desafio para aqueles que dizem ser cristãos, dizer não a cultura pecaminosa dessa sociedade pervertida e sim aos exercícios espirituais que nos aproximam mais de Deus e do caminhar cristão.

Pr Francisco Júnior:

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Carnaval


Neste mês o Brasil comemora umas das maiores festas do ano, o Carnaval. A festa da carne.

O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes.

A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" do grego significa carne e "valles" significa prazeres.

O carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias nas ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. Todas as atividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que em quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.

No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.

Atualmente o carnaval tem um tempo em que as pessoas usam para satisfazer os seus desejos pecaminosos, bebida, prostituição, nudez são as obras da carne que eles estão praticando. No entanto, a Bíblia ensina que devemos andar no Espírito e jamais satisfazer os desejos da carne (Gl 5.17), cadê o povo que se diz cristão? Esse é o momento de obedecer a Bíblia.