domingo, 25 de março de 2012

O Amor Incondicional de Deus



Se você fosse escolher pessoas para uma partida de futebol e tivesse de um lado: Messi, Neimar, Cristiano Ronaldo e do outro pastor José, Antônio e Pedro, quais destes grupos você escolheria pra fazer parte do seu time?
Geralmente as nossas escolhas são baseadas em algum tipo de interesse ou vantagem que podemos tirar do resultado de tal decisão. Na escolha do time, por que você escolheria o time das estrelas? Porque você queria ganhar. O seu interesse era ganhar a partida de futebol. Assim, levamos a vida, muitas vezes com a falsa ilusão de que nossas escolhas devem sempre ter o critério da lei da vantagem.
E para amar qual critério usamos? Amamos aqueles que são receptíveis ao nosso amor; aqueles que são recíprocos; aqueles que nos valorizam por amá-los. Amamos aqueles que estão dispostos a nos amarem. Amamos de modo interesseiro.
No entanto, temos aprendido que amor não é só afeição, sentimento, mas também decisão. Amamos não somente porque nos traz uma sensação de bem estar, ou porque receberemos algo em troca, mas porque decidimos amar.
É sobre esta característica do amor de Deus que gostaria de meditar. O AMOR INCONDICIONAL, aquele amor que decide amar e que não é fundamentando naquilo que vai receber.

O texto base é: Dt 7.7-8 Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.

1- Contexto

Moisés estar fazendo um discurso de despedida para o povo que iria herdar a terra de Canaã. O livro é formado em três sermões, sendo que o capítulo 7 está no segundo sermão que trata a aliança que Deus fez com seu povo.

Esta geração era nova, pois os rebeldes haviam morrido no deserto, salvo Josué e Calebe. Esta geração não tinha presenciado os milagres de Deus na saída do Egito, e nem davam conta de fatos importantes que levaram a Israel ser o que é naquele momento.

2- DT 7

1-5 – Moisés está exortando o povo sobre qual atitudes deveriam tomar quando entrassem na terra prometida.

v.2,5 - Eles deveriam destruir esses povos sem piedade. Eles deveriam acabar com toda a idolatria daquele povo.

v.3,4- Eles não deveriam fazer aliança com esses povos. Não realizar casamento misturando os povos, pois isso faria o povo a servir a outros deuses.

v.6- Deus escolheu Israel para ser o seu próprio povo.

v.7,8- mostra a intenção de Deus em amar Israel, foi simplesmente porque Ele quis amar.

O texto diz que o Senhor não teve afeição por que eles eram mais numerosos do que os outros povos, o contrário, eram os menores, mas por que o Senhor os amou.

Não teve o Senhor afeição- esta palavra fala de aquilo que se apega a algo ou alguém; indica aquele amor que já está ligado ao seu objeto. Para Deus, descreve seu amor para com Israel, como uma íntima e profunda afeição. Deus estava ligado a eles por sua própria vontade de amor, e não por causa de qualquer coisa boa ou desejável que tivessem.

Quem era Israel quando Deus os chamou? Um casal de velhos. Na verdade Israel ainda nem existia, nem no pensamento humano, visto que Abraão e Sara eram incapazes. Quem era Israel quando chegou ao Egito? 70 pessoas no meio de uma multidão.

Deus os chamou porque Ele quis, não por conta do que eles poderiam lhe retribuir. Talvez se fosse em nossa perspectiva diríamos: essa amizade só me deu prejuízo, aborrecimento.

Mas Deus se ligou a Israel com amor, um profundo sentimento de amor que supera toda retribuição do ser amado. Há várias passagens bíblicas que destacam o amor de Deus por Israel: Dt 4.37; Is 43.4; Jr 31.3; Ml 1.2; Mc 10.21; Jo 11.5.

3- Aplicação

É fato que Deus nos amou de maneira desinteresseira. Deus decidiu nos amar. Em Rm 5.8, 6, 10 fica claro que não nada em nós que O motivasse a nos amar.

Deus nos tem amado, a questão é o nosso amor para com Ele, pois saber que Ele nos ama de maneira incondicional, deve nos fazer refletir sobre a retribuição do nosso amor.

Por que você ama a Deus? Pelo que Ele é? Por ser Deus? Ou pelo que Ele faz?

Acredito que muitas pessoas estão à busca de Deus por conta dos benefícios que Ele pode dar para elas. Muitos estão O buscando pelo dinheiro, saúde, família, sucesso profissional. Se a sua busca a Deus se limitar a esses interesses, o seu amor por Ele será o mais vazio de todos. E certamente você o abandonará como muitos outros os tem abandonado, por não ter conseguido o que queriam.

Você ama a Deus? Você seria capaz de amar a Deus mesmo se Ele te mandasse para o inferno? Você seria capaz de dizer: Senhor mesmo assim eu te amo, porque decidi te amar. Acredito que não. Quebramos uma unha e queremos nos desviar de Deus como de fosse culpa dEle.

Você seria capaz de amar a Deus se Ele todos os dias te ofendesse sem motivo? Se todos os dias Ele fosse ingrato contigo? Se aquilo que você faz para Ele não valesse nada? Se por causa dEle o seu único filho morresse? Acredito que não. Mas é tudo isso que fazemos com Deus e Ele mesmo assim nos ama.

Deus nos ama, simplesmente por que decidiu nos amar. Seu amor deve nos motivar a amá-lo todos os dias de nossa vida.

Talvez se fosse Deus escolher jogadores para o seu time Ele escolheria os desconhecidos, e se perguntássemos o porque da sua escolha Ele responderia: escolhi porque os amei, me apeguei a eles por amor. E o jogo? É certo que vão perder. Não importa. O importante é que os amo. E ganhando ou perdendo eu continuarei amando-os.

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