Desde o ano passado, o mundo tem convivido com
um vírus que, para muitos, pode ser letal. Esse fato colocou o mundo todo em
alerta. Aeroportos e estradas fechados, fábricas e comércio parados, clubes e
shopping sem funcionar, escolas e igrejas operando de modo virtual. O mundo
quase que parou diante do vírus.
No entanto, o interessante a observar é que, lá
no fundo, as pessoas não temem o vírus em si, mas sim, o que ele pode causar, a
morte. De fato, o mundo parou por conta do risco que a vida humana sofre
diante da morte. A morte é a causa principal do medo que assola a humanidade.
Então, o que fazer? Como podemos viver diante
de tão dura realidade? O povo de Deus deve procurar esclarecimento e conforto
na sua Palavra. A Bíblia está repleta de informações e verdades sobre a morte,
inclusive ela classifica outros tipos de mortes, pelas quais também o homem
deve se preocupar a despeito da morte física. Um desses tipos de morte é a espiritual.
Mas o que seria a morte espiritual?
Quando
pesquisamos uma definição nos dicionários encontramos o fim da existência de
um organismo vivo. Uma pessoa que morreu foi porque o seu organismo vivo
comandado pelo cérebro parou de funcionar, morreu. Agora, aquela pessoa ou uma
planta, por exemplo, não tem mais vida. Então, na essência da definição da
morte está o fim da existência.
Diante
disto, podemos afirmar que a morte espiritual significa o final da existência
da vida espiritual entre o homem e o Deus espírito. E como consequência
dessa morte, o homem precisou ser separado da presença de Deus, pois houve um
fim da existência do relacionamento espiritual entre eles.
Paulo
explorou bem essa ideia da morte espiritual quando nos disse: “Ele
(Deus) vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,” Ef 2.1. Em Colossenses 2:13 diz: “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela
incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos
os nossos delitos;”
Paulo ainda fala da inimizade
que foi gerada a partir do fim da existência do relacionamento do homem com
Deus. Efésios 2.16: “e
reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo
por ela a inimizade.”
Ainda
em Romanos 5.10 “Porque, se nós,
quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho,
muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;”
Este
estado de morte e inimizade do homem, consequentemente, o afastou da presença
de Deus. Paulo diz que no tempo que os efésios estavam mortos, eles andavam em
outros caminhos; eles andavam em direção oposta a tudo que se dizia Deus.
Efésios 2.2-3: “nos quais
andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade
do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais
também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da
ira, como também os demais.”
Como
bem conhecemos, a morte espiritual desviou o homem de Deus, colocando-o numa
posição de distanciamento e aversão a Deus. Em Efésios 4.18, Paulo diz que os
gentios andavam alheios a vida de Deus.
A
morte espiritual pôs um fim no relacionamento existente entre o homem e Deus,
colocando-o em um caminho de sentido oposto ao de Deus, criando um estado de
inimizade contínua e ofensiva da parte do homem para com Deus.