É a festa do seu aniversário,
todos estão sabendo e por isso preparam-se para celebrar. Todos compraram roupas
novas, sapatos, cuidaram de sua aparência para impressionar neste natal, na
verdade é uma grande festa que acontece uma vez no ano.
Também muitos
compraram presentes para amigos, familiares e até para desconhecidos. Não esqueceram
dos alimentos, haverá grandes ceias nesta data.
Todos irão se
cumprimentar e dizer uns aos outros: Feliz Natal com belos sorrisos. Por um
momento, as tristezas da vida serão esquecidas, as inimizades acabadas e as indiferenças,
deixadas de lado, tudo por conta da magia do natal.
No entanto,
depois da festa, tudo volta como era antes, e muitos acreditem, mais vazios do
que já estavam. Por que? Por que será que isso acontece? Por que esse espírito
natalino não perdura por mais tempo? Por que as pessoas não continuam caridosas
e sorridentes por mais dias? Por que a cidade não continua bem iluminada e
bonita durantes as noites?
A grande razão
é que a maioria das pessoas estão celebrando um aniversário sem conhecer o
aniversariante, estão bonitos e arrumados, mas não para o dono da festa,
compraram presentes, mas não para Jesus, na verdade estão usando a comemoração
do aniversário de Jesus, para si mesmos.
Por isso, a
magia do natal só durará uma noite, seus belos sorrisos, suas ações caridosas,
suas felicitações, se encerarão quando a noite acabar, e muitos continuarão com
suas vidas vazias e procurando sempre outras comemorações para entreterem suas
almas vazias, ano após ano.
Esse é o tipo
de natal que já celebramos, que muitos pelo mundo estão celebrando, e que por
muito anos pela frente irão celebrar. Um natal sem Jesus. O verdadeiro sentido
do natal foi sufocado pelo comércio, pelo consumo, pelos presentes, pelas
confraternizações, e por isso, os homens continuam mais vazios do que já são.
Todavia, para
não cairmos nesse erro, gostaria de apresentar uma história de uma pessoa que
para ele o natal significou: tempo de consolação da alma.
Sua história é
apresentada por Lucas em seu respectivo livro. No capítulo 2 Lucas narra o
nascimento de Jesus, o anúncio dos anjos aos pastores, a circuncisão, e a
apresentação dEle no templo.
Não sabemos
muito sobre quem ele era, sua descendência, sua cidade, seus familiares, mas
Lucas nos dá as informações necessárias para impactar nossa vida.
Falamos que
para ele Natal significou tempo de consolação da sua alma, e através do texto
de Lucas 2.25-32, podemos notar duas atitudes que ele tomou para ter sua alma
consolada.
Em primeiro
lugar notamos que Ele preparou sua alma para ser consolada.
Seu nome era
Simeão e morava em Jerusalém. Lucas o descreve como alguém de um caráter espiritual.
Era um homem de destaque por sua justiça, piedade, esperança e ação do Espírito
Santo em sua vida.
Observe comigo
o texto de Lucas 2.25-27:
Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este
justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava
sobre ele.
Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte
antes de ver o Cristo do Senhor.
Movido pelo Espírito, foi ao templo; e, quando os pais
trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava,
Simeão havia
cultivado uma excelente vida espiritual diante de Deus. Seu comportamento era
de justiça, de piedade, de esperança. Fica muito claro a influência do Espírito
Santo em sua vida.
Simeão havia
se preparado para receber a consolação de Deus. Seu comportamento não era técnico
como os dos fariseus, que haviam aprendido a se portar como justos, mas que na
verdade como Jesus falou, eram grandes hipócritas, atores, que para ganhar
galardões dos homens, incorporavam pessoas espirituais, quando na verdade suas
vidas eram vazias e sem Deus.
Simeão era
diferente, seu caráter expressado através de suas ações eram o resultado de uma
busca espiritual por Deus, de uma vida controlada pelo Espírito Santo de Deus,
por isso ele esperava a consolação de Israel.
A Consolação
de Israel era um título messiânico, claramente derivado de versículos como:
Isaías
25.9: Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem
esperávamos, e ele nos salvará; este é o SENHOR, a quem aguardávamos; na sua
salvação exultaremos e nos alegraremos.
40.1-2 Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.
Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é
findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que já
recebeu em dobro das mãos do SENHOR por todos os seus pecados.
66. 10-14 Regozijai-vos
juntamente com Jerusalém e alegrai-vos por ela, vós todos os que a amais;
exultai com ela, todos os que por ela pranteastes,
para que mameis e vos farteis dos peitos das suas
consolações; para que sugueis e vos deleiteis com a abundância da sua glória.
Porque assim diz o SENHOR: Eis que estenderei sobre
ela a paz como um rio, e a glória das nações, como uma torrente que transborda;
então, mamareis, nos braços vos trarão e sobre os joelhos vos acalentarão.
Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu vos
consolarei; e em Jerusalém vós sereis consolados.
Vós o vereis, e o vosso coração se regozijará, e os
vossos ossos revigorarão como a erva tenra; então, o poder do SENHOR será
notório aos seus servos, e ele se indignará contra os seus inimigos.
Simeão esperava essa consolação de Deus, tempo
em que o Messias viria, e salvaria o seu povo, tempo em que Deus perdoaria as
iniquidades do seu povo, dando-lhes a paz espiritual.
Simeão era alguém
preparado para ser consolado por Deus. Talvez muito de nós já ficamos esperando
algo, ou alguém, mas a maneira como esperamos é que difere de pessoa para
pessoa.
Simeão aguardava
a consolação de sua alma com devoção, com amor a Deus, era uma espera
cautelosa, cuidadosa. Uma espera que não perdeu o foco, apesar de sua aparente demora.
Hoje, assim
como Simeão, esperamos também a consolação de Jesus, o dia em que o pecado será
extinguido da nossa vida, nossas lágrimas serão enxugadas, e toda nossa alma satisfeita
em Deus. A pergunta é: como esperamos?
Esperamos como
Simeão? Ou esperamos como aqueles que enquanto esperam algo, se envolve em
outras ocupações? Na verdade, é chato esperar. Quem gosta de ficar esperando?
Muitas vezes
somos como uma criança que o pai prometeu levá-la em um passeio maravilhoso,
desejado, um passeio único no ano. A criança se arrumou e ficou a esperar o pai
que viria por volta das duas horas da tarde.
Mas a
ansiedade da criança, fez com que aqueles minutos de espera se tornassem uma
eternidade, e o convite dos amigos como algo que poderia ser aceito enquanto o
pai chegava.
O problema é
que naquele dia havia chovido, e muita lama tinha acumulado, e a brincadeira das
crianças era futebol. A criança foi brincar, sujou suas roupas e quando o pai
chegou, não a pode mais levá-la, porque o passeio tinha hora marcada, e o tempo
que seria gasto no banho, iria atrasá-los. Aquela criança trocou algo que
poderia fazer todos os dias, por algo que só teria oportunidade um dia.
Estejamos prontos
para a Consolação de Deus? Não sujemos nossas vestes com o pecado e os prazeres
deste mundo, mas pacientes e perseverantes esperemos pelo Senhor que irá
redimir a nossa vida da escravidão do pecado.
Esperemos como
Simeão, com justiça, piedade, espiritualidade.
Lucas nos informa
que movido pelo Espírito Santo, Simeão encontrou-se com Jesus e se entregou
totalmente a Ele:
2.27-28 Movido pelo
Espírito, foi ao templo; e, quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem
com ele o que a Lei ordenava,
Simeão o tomou nos
braços e louvou a Deus, dizendo:
Simeão tinha
uma alma a ser consolada, e quando viu a oportunidade, não hesitou, tomou o
pequeno Jesus nos braços, provavelmente com 40 dias de nascido, e louvou a Deus
por ter presenciado a sua salvação.
Mas uma vez o caráter
espiritual de Simeão é destacado. Como acreditar em uma criança recém-nascida, frágil,
e incapaz de realizar qualquer coisa? Simeão deixou-se influenciar pelo Espírito
Santo, o Consolador, que o conduziria até o Outro Consolador, Jesus o Messias,
que mesmo ainda uma criancinha, podia dar esperança de salvação para Simeão.
A entrega da
alma de Simeão para ser consolada é expressada através do seu cântico,
conhecido como: Nunc dimittis, palavras latinas que significam: “agora despede”.
O cântico de
Simeão demonstra a atitude de alguém que estava esperando por algo e esse algo
chegou.
2.29-32 Agora, Senhor, podes
despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra;
porque os meus olhos já viram
a tua salvação,
a qual preparaste diante de
todos os povos:
luz para revelação aos
gentios, e para glória do teu povo de Israel.
Simeão ao encontrar
Jesus se entregou totalmente a Ele, viu nEle o cumprimento da promessa de
consolação de Israel feita por Deus. Simeão se dá por satisfeito, completo, e
como tendo alcançado o objetivo de sua vida, podendo naquele momento ter sua
vida findada, pois tudo o que ele almejou durante sua existência, ele encontrou
naquele momento em Jesus, sua salvação, sua consolação.
Muitos
encontram a consolação de suas almas, mas não estão dispostos a se entregar,
não são ousados em tomar Jesus em seus braços, e olhar para ele, a salvação de
sua alma.
Ao invés de
entregarem sua alma a Jesus, se entregam aos prazeres do mundo, ao consumismo
desenfreado, aos prazeres carnais. Enganam sua própria alma, e cada dia mais se
distanciam daquele que pode consolar sua alma cansada.
Por outro
lado, acredito que a maioria de nós já entregamos nossa alma para ser consolada
por Jesus. No entanto, muitas vezes nos pegamos ainda vazios, como se faltasse
algo na nossa vida, ou mesmo como se ainda tivesse algo que virá dar um
sentimento de satisfação, um sentido, uma existência.
O que mais
devemos almejar nessa vida? O que mais Simeão almejava? A salvação em Cristo
Jesus. O que mais almejamos?
Se já
encontramos aquilo que almejamos, a nossa vida estará satisfeita. Se encontramos
Jesus, o salvador da nossa alma, então estamos satisfeitos. Por que o que tinha
de mais importante para a minha existência era isso, ter a alma salva.
Mas, por que
que apesar de ter Jesus como o meu salvador, ainda não tenho satisfação de
vida? É porque os seus valores estão equivocados. O mundo prega uma
insatisfação com aquilo que você conseguiu, no sentido de que você pode sempre
mais.
O seu grande
desejo era uma casa. Você consegue adquiri-la, mas com o passar dos anos, você acha
ela pequena, encontra vários defeitos, e agora quer uma outra maior, e assim
vai. Não é errado procurarmos o melhor para nossa vida, errado é colocarmos
nossa vida sempre em torno do que é melhor, pois o que o mundo define como
melhor hoje, amanhã será ultrapassado.
Por isso, que
muitas vezes nossas vidas ainda estão vazias, e estamos tentando preencher com
presentes de Natal, festas, entretenimento, e outras atividades aparentemente
não pecaminosas.
Todavia,
quando nossa alma é entregue totalmente para Deus ela goza de plena satisfação.
O que de fato
deve satisfazer nossa vida aqui nesse mundo é a nossa salvação em Deus. Se estamos
convictos de nossa salvação então, podemos dizer para Deus que pode nos
despedir em paz.
O grande alvo
da nossa existência deve ser nossa salvação, pois é a única coisa que vamos
levar aqui deste mundo.
Nossas vestimentas
por mais caras e bonitas que sejam não vamos poder levar, recebemos novas
vestes do Senhor.
Nossas bens e
tesouros não iremos poder levar, onde vamos morar, as ruas são de ouro.
Então porque
estamos focando nossa satisfação em coisas que não terão valor na vida por vir?
Ou porque estamos colocando em risco a nossa fé, por coisas que se limitarão
apenas a esta vida?
As palavras de
Simeão nos trazem uma grande lição:
Minha vida
deve ser dotada de satisfação,
porque em
Jesus encontrei a salvação,
posso não ter
ouro ou prata,
não ser rico
ou mesmo diplomata,
mas em Cristo
vivo Feliz,
porque
acredito o que a Palavra de Deus diz:
estou pronto
para ir aos teus braços de amor
pois os meus
olhos viram a tua salvação, meu SENHOR.
FELIZ JESUS NA
TUA VIDA!