sábado, 7 de junho de 2014

Qual padrão devemos usar para perdoar uns aos outros?


É certo que no mundo em que vivemos muitos padrões são criados conscientes e inconscientemente para exercermos ou não o perdão. Apesar disto, devemos lembrar que nesta matéria o padrão de Deus é sempre o melhor e mais correto a ser aplicado.
       Para ajudar a executar o perdão segundo o padrão de Deus destaco três verdades sobre Deus e o seu padrão perdoador.
A primeira verdade é que Deus sente por conta dos nossos pecados.
Não pense que é só você quem sofre quando os outros te ofendem, este sentimento de traição, decepção, tristeza que você sente, também é compartilhado por Deus. Da mesma forma que lamentamos quando somos ofendidos, Deus lamenta em uma dimensão muito maior. Por que Deus não sabe o que é o pecado pela experiência. Deus nunca pecou, nós, no entanto, pecamos, sabemos o que é ofender pela experiência. Apesar de nos sentirmos magoados, nós também magoamos os outros.
Deus sente muito mais o nosso pecado do que nós mesmos, por isso essa verdade deve nos ajudar a sabermos que alguém também sente como nós e muito mais. Não estamos sozinhos nesse mundo cruel que nos decepciona, nos magoa, nos entristece, que nos trai.
Deus compartilha do mesmo sentimento de tristeza que sentimos quando somos ofendidos. Deus de fato sabe o que é ser ofendido, e por isso precisamos nos achegar a Ele para seguirmos o seu modelo de perdão.


A segunda verdade é que Deus está disposto a perdoar nossos pecados.
Mesmo ofendido Deus está disposto a perdoar. Mesmo não sendo o causador dos males humanos, Deus está a oferecer o perdão.
Em Isaías 1.18 Deus oferece a purificação ao seu povo e, em diversas partes da Bíblia há a expressão Deus perdoou. (Sl 32.5; 103.3; Cl 2.13).
O maior e grande exemplo do perdão de Deus foi a morte de Cristo. Deus não somente perdoou o homem que o ofendeu, como enviou o seu Filho para que este perdão fosse consumado.
Esse é o padrão de Deus, talvez inconcebível para nós, mas acessível a todos. Algum de nós teria a coragem de sacrificar seu filho por uma pessoa que lhe ofendeu? Acredito que não.
Mas foi assim que Deus fez.  Ele sacrificou o seu único Filho amado por nós, que até então, os desprezávamos, e que ainda hoje, continuamos a ofendê-lo.
Deus nos perdoa porque faz parte de sua natureza perdoar. Deus tem uma natureza cheia de bondade, de amor.
Deus nos perdoa também porque não temos como pagar. Esta é a essência do perdão. Por que temos que perdoar? Por que quem causou o dano em nós não tem como pagar. Não há como reparar. Não há como desfazer o que foi feito. Não tem como voltar os acontecimentos e fazer diferente. Aconteceu, é um fato.  Por isso, precisamos perdoar.

A terceira verdade é que Deus exige de nós como filhos que também perdoemos.
Saber que Deus também sente com o nosso pecado e que está disposto a nos perdoar deve nos motivar a exercer o perdão para com aqueles que nos ofenderam.
O Senhor Jesus foi muito enfático quando condicionou o perdão de Deus ao perdão que dispensamos ao próximo.
Jesus destaca que devemos dar um perdão verdadeiro para receber o perdão de Deus.
          Algumas dicas para nos ajuda quando tivermos com dificuldade de perdoar: (1) Quem me ofendeu tem como reparar o dano?  (2) Será que também eu já não ofendi alguém? (3) A ofensa que sofri vale mais do que receber o perdão de Deus? (4) A ofensa que sofri foi maior do que o meu pecado que gerou a morte de Cristo?
Pode ser que alguns de nós tenhamos sofrido bastante, até parecido com Deus, mas mesmo assim, isso não nos dá o direito de não perdoarmos, mas sim, vermos como uma oportunidade que Deus nos deu para sentir o que Ele sente quando é ofendido.
Perdão tem que ser no padrão de Deus.
                  



domingo, 1 de junho de 2014

O AMOR DE DEUS É ETERNO.


            Esta verdade aparece em  Jeremias 31.3 onde diz: “... com amor eterno eu te amei…” Este texto nos mostra que o  amor de Deus é ETERNO. A palavra eterno significa para sempre, perpétuo, para todo o sempre.
A partir deste versículo e examinando outras passagens de Jeremias podemos aprender algumas lições sobre o amor eterno de Deus.
Por Deus nos amar de maneira eterna não quer dizer que Ele aceitará qualquer amor de nós.
O profeta Jeremias foi chamado por Deus para pregar a uma nação rebelde e idólatra. Jeremias desenvolveu um ministério de 40 anos de pregação ao povo de Deus, durante os cinco últimos reis de Judá entre 627-586. 
Deus através do seu profeta clama contra aquela nação que lhe faltava amor. Um nação ingrata e rebelde com Deus.
No capítulo 2 de Jeremias ele destaca que Israel esqueceu de amar somente a Deus e amou os ídolos. É como se em Israel todos tivessem combinado para não pensar em Deus. Ninguém falava mais em Deus, faziam de conta que ele não existia. Por isso que Deus diz que ninguém perguntava por Ele.
Por Deus nos amar, não quer dizer que podemos esquecer dEle. Não podemos ter uma confiança ímpia no amor de Deus, quer dizer, termos uma má conduta e pensamos porque Deus me ama Ele vai me guardar. 
O amor de Deus é eterno por nós, e essa verdade deve nos levar a cada dia melhorarmos nosso amor por Ele, nunca o contrário.
Deus requer de nós um amor que sempre O reconheça em nossos caminhos, um amor que nunca duvide dEle, e um amor que nunca seja deixado pelos ídolos.
Muitos vezes agimos como o povo de Israel, no começo somos amorosos para com Deus, declaramos, escrevemos para todos que amamos a Deus. Mas, depois que o tempo passa, o amor esfria, e podemos chegar ao ponto que Israel chegou; esqueceu de Deus e foi atrás de dos ídolos.
E Deus pergunta para nós: Que imperfeição você achou em mim para ir após outros deuses? Quando eu não te correspondi com amor para você não me amar?
Deus sempre nos ama, e não tem nenhum momento na nossa vida que Ele não demonstre seu amor por nós, sendo assim, Ele requer de nós uma correspondência ao seu amor.  Deus não aceitará seu amor de qualquer forma, Ele quer que o você o ame como Ele merece. Reveja o seu amor por Deus.
 Por Deus nos amar de maneira eterna Ele nos corrigirá para que o nosso amor possa se parecer com o dEle.
Como Israel não deu ouvidos a voz de Deus que declarou seu amor por eles, Deus resolveu os punir com o castigo do cativeiro babilônico.
No capítulo 25.8-11 Deus advertiu seu povo, mas, foi em vão. Agora eles passariam 70 anos na babilônia, sofreriam a correção de Deus, para assim poderem demonstrar o verdadeiro amor por Deus.
A disciplina de Deus deve ser aceita por nós. Deus disciplinou o seu povo como uma demonstração do seu amor. Deus várias vezes tinha advertido esse povo, mas sem sucesso. Israel só se livraria da idolatria se passasse pelo cativeiro. E foi realmente o que aconteceu, somente depois do cativeiro babilônico Israel deixou de ser idólatra.
Em algumas ocasiões não queremos amar a Deus de modo correto, por isso, Ele usa sua disciplina, e as vezes de modo severo, para que possamos ter o nosso amor parecido com o dEle.
Deus nos disciplina porque nos ama. Não que Deus tenha prazer em nos fazer sofrer, mas porque optamos sofrer para termos o nosso amor purificado para agradar a Ele.

Por Deus nos amar de modo eterno Ele irá nos restaurar para desfrutarmos do seu amor eterno.
Apesar da grande rebeldia de Israel, Deus em sua grande graça, promete que um dia restauraria seu povo. Em capítulo 29.10 Deus diz que após cumprisse o período do cativeiro Deus mudaria a sorte desse povo.
Em capítulo 31.1-6 Deus traria seu povo de volta a sua terra e faria com ele uma nova aliança. A disciplina de Deus deve ser cumprida na nossa vida. Note que o povo seria restaurado após se cumprirem os 70 anos, e então, eles buscariam o Senhor de todo o coração.
Não queira encurtar a disciplina de Deus. Para você ser restaurado precisa passar pela prova completa. É como alguém que quebrou o pé. O médico lhe deu 30 dias de repouso e gesso, mas no 12º dia ele tirou o gesso e começou a andar. O que pode acontecer? Ficar uma sequela para o resto da vida. Talvez nunca mais aquele pé fique restaurado.
Deus quer nos restaurar e por isso precisamos aceitar sua disciplina. Somente se passarmos pela disciplina de Deus é que seremos restaurados para exercermos um amor verdadeiro por Ele. 
Pr Francisco Soares Teixeira Júnior