Talvez você já teve a
experiência de estar conversando com alguém, e apesar da atenção que a pessoa lhe
dava, percebeu que ela não estava atenta ao que falava. Mas também, já pode ter
ocorrido, de estar dando atenção a alguém, e apesar dela falar contigo, seus
olhares estavam focados na conversa de uma outra pessoa. Apesar da estranheza,
isso pode acontecer, mostrando a nossa falta de importância para quem age
assim.
O grande problema é que o
exemplo citado não acontece somente nos relacionamentos interpessoais, também
pode ocorrer no nosso relacionamento com Deus. Às vezes podemos estar orando a
Deus de uma forma tão mecânica e distante, que falamos, mas é como se ninguém
estivesse dando atenção, oramos somente por orar. Ou, às vezes, oramos a Deus tão
desatentos, distraídos com outras coisas, que não lhe damos a atenção que
deveríamos.
Confiar no poder da oração é
importante, pois é como venceremos as adversidades da vida. Para isso, precisamos
orar, e vencer as barreiras que sobrepõem a oração, a da cultura de
resultados, da carne e da falta de tempo. Jesus disse que o Pai recompensará
nossas orações; destacou que nossas orações devem ser secretas, e como alvo
principal, o Pai que nos vê; e ainda contou que seus discípulos estariam sempre
envolvidos com a oração. (Mt 6.6)
Além de vencer as barreiras
que impedem a oração, também precisamos confiar que Deus ouve nossas
orações. Apesar de parecer algo tão simples, de fácil compreensão, e de
fato, não precisa de muito raciocínio e reflexão para entender essa verdade. Mas
na prática, as nossas orações, que muitas vezes são vazias, mecânicas e sem
significados, refletem uma total descrença em que o Deus todo poderoso está
ouvindo. Por isso, precisamos ter certeza que Deus nos ouve.
A vida de oração de Jesus sempre foi um grande exemplo para
todos nós, não somente pela quantidade de tempo dedicado, mas pela qualidade de
sua oração. Ele mesmo tinha uma plena
confiança que Deus o ouvia, e por isso Ele sempre orava ao Pai.
Isso foi bem evidenciado na ressurreição de Lázaro, em João 11.
Antes de ressuscitá-lo, Jesus já testemunhava que Deus o ouvia. Os versos 41,42
dizem: “41 Tiraram, então, a pedra. E Jesus,
levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste.
42 Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da
multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.”
Jesus
tinha plena convicção que o Pai o ouvia, e não somente o ouvia, mas sempre o
ouvia, e Jesus manifesta dessa forma, para que as pessoas pudessem crer que Ele
era o Messias.
A crença de que Deus nos ouve,
deve mudar nossa vida de oração. Se cremos que Deus é um expectador das nossas
orações, então devemos orar como se de fato Ele nos ouvisse. Isso muda
tudo em nossa vida de oração.
Em Mateus 6 Jesus não condenou
somente a hipocrisia, mas também a falta de intimidade na oração. No verso 7
ele disse: “E, orando, não useis
de vãs repetições, como os gentios;
porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. ”
Ao condenar essa atitude,
Jesus nos mostra que a oração parte do princípio da pessoalidade, da
intimidade, da inter-relação, da mutualidade. É uma conversa com Deus, e não um
salto no escuro. Para Jesus, não é o muito falar, mas a consciência de que o
Deus a quem oramos é pessoal, e está ali em secreto nos ouvindo.
O Deus a quem Jesus ora e o
chama de Pai é um Deus presente, é um Deus que se importa conosco, é um Deus
que sabe as nossas necessidades e está nos esperando para pedirmos a Ele. Foi o
que ele disse no verso 8: “
Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que
tendes necessidade, antes que lho peçais. ”
Jesus nos incentiva a essa
oração, uma oração inteligente, consciente, real, pessoal, verdadeira, e
diferente de qualquer prática religiosa que tenhamos aprendido.
Como são nossas orações? Contêm
intimidade? Ou são apenas palavras balbuciadas e repetidas sem nenhuma
inteligência e significado? Quando você se ajoelha lá no seu secreto, você tem
consciência de que Deus, o Pai está contigo ouvindo a tua oração? Ou são apenas as repetições de todas as manhãs,
ou da tarde ou da noite?
Infelizmente, talvez
na nossa experiência de vida, sejamos aqueles que estão numa conversa, mas
pensado em outra coisa. Ou sejamos como aquele filho que sabe que nem adianta
pedir nada ao seu pai, pois ele não o atenderá.
No entanto, permitamos
que o exemplo de Jesus em orar, possa mudar a concepção do nosso momento de
oração com Deus, e possamos crer que o Senhor nos ouve, e orar a partir de
hoje, crendo na atenção de Deus.
bênção essa mensagem pastot júnior. que o eterno Deus continue te abençoando com muita sabedoria para nos ensinar cada vez mais e que possamos seguir a caminhada com Fé e esperança em nosso Senhor Jesus .
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