terça-feira, 23 de julho de 2019

Uma vida que deixou marcas


            Maria Lene Soares Simões nasceu no dia 10 de junho de 1947, casada com Francisco Assis Simões, o Gatoso, concebeu quatro filhos, Daniel, Mariana, Jonas e Davi. Com os filhos, vieram as noras, o genro, e os netos. Uma linda família que Deus abençoou.  Pertencia à Igreja Batista Regular do Novo Juazeiro, tendo sido batizada no dia 04 de Setembro de 1988, pelo pastor Luís Pessoa (in memoriam). Atuou em diversas áreas da igreja local e iniciou o departamento infantil. 
            Acredito que todos têm uma história engraçada para contar de tia Lene. Essa era uma das suas marcas, a alegria. Sempre divertida e sorrindo, tia Lene fazia de cada momento uma festa, de cada oportunidade um motivo para animar e alegrar o coração de qualquer um que entrasse em contato com ela. Ela aprendeu que a alegria do Senhor era a sua força (Ne 8.10), e por isso, não havia tempo ruim que tirasse o seu sorriso. Como nos fará falta! 
           Mas também, além de alegre, tia Lene era uma pessoa entusiasmada, empolgada, e sempre ativa nos seus empreendimentos. Seus projetos sempre foram bem organizados e caracterizados pelo otimismo. Sempre pensando além, tia Lene traçava seus objetivos, contagiava um, despertava outro, e com sua determinação alcançava o que havia planejado. Em certos momentos, ficávamos até a pensar: como ela consegue? De onde vem tanta energia? Tanta euforia? Todos sabíamos que vinha do Senhor, pois a alegria de Deus era a força que a motivava para empreender com tanta ousadia e responsabilidade.
             A alegria e o entusiasmo fizeram dela uma pessoa serva. Tia Lene escreveu sua história com o amor em servir a Deus e também as pessoas. Quem a conheceu quando criança que não ganhou um presente seu? Quem nunca recebeu de tia Lene um cartãozinho feito com todo carinho e até ajuda física? Quem nunca ouviu dela palavras encorajadoras? Ela tinha um coração abençoador e de muitas formas procurava alegrar a vida das pessoas.
           Nesses últimos anos, nós pudemos ver tia Lene sorrir e chorar. Ela estava um tanto angustiada, porque não conseguia fazer mais aquilo que sempre gostou: “Pregar o evangelho para as pessoas.” Sua saúde já não era a mesma.
             Tia Lene, costumava evangelizar no bairro, nas escolas, nos asilos, hospitais e em trabalhos de fundação de igrejas. Foi assim, na cidade de Exu: ela, seu Assis e um grupo de irmãos iniciaram um trabalho na terra do rei do baião, e lá deixaram uma igreja do Rei do reis e Senhor dos senhores.
Também, lá no sitio Caiçara, em meio a chuvas, estradas barrentas e escuras, o casal missionário ia todo final de semana para evangelizar, e mais uma igreja foi fundada.
              E por último, depois de algum tempo insistindo, eles iniciaram um trabalho em Aurora, no bairro Araçá, um local mesmo no meio do quente da cidade. E ali, eles trabalharam até não poderem ir mais por motivos de saúde.
              Em 2018, ao visitá-la no hospital, expressou uma grande saudade de suas atividades e de suas crianças da Escola Vida. Mostrou-me um vídeo das crianças mandando mensagens pera ela. Eu disse: tia Lene, Deus tem almas aqui nesse hospital para salvar, então aproveite. Ela, “sim, pastor, já ganhei uma”. 
             Essa foi a vida de tia Lene: Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos foram marcados pela impactante vida. E hoje, estamos tristes pôr a termos perdido, mas alegres pôr a termos conhecido. E a saudade que temos será compensada com as boas lembranças e o seu exemplo de serva do Senhor. 
             Como Paulo disse em 2 Coríntios 2.14-16, tia Lene, por meio de Cristo, exalou a fragrância do conhecimento de Deus, pois ela era o bom perfume de Cristo. Para os que foram alcançados com a pregação do evangelho, ela foi um aroma de vida; mas para os que rejeitaram, como cheiro de morte. E tenho certeza que ela diria duas palavras para todos nós:
         Meus amores, vocês que ainda não aceitaram a Cristo, se arrependam, abandonem suas vidas de pecado, pois caso contrário, o inferno lhes aguarda. 
         Mas também, diria: meus amores, continuem a obra que Deus me permitiu iniciar, vão e evangelizem, saiam dos bancos da igreja e exalem o bom perfume de Cristo.  
          Eita, Tia Lene! A senhora está com Cristo, mas ainda nos contagiando com sua vida e obra. 
         Aos 72 anos, tia Lene partiu, foi alegrar o céu, imagine como ela está feliz agora, juntamente com o Pai de amor, que a recebeu nos seus braços, aliviou dela todas as dores e angústias que carregava por conta do seu frágil corpo. Ela foi, mas seu perfume ainda estará exalando em nossas boas lembranças, e que a sua vida sirva de exemplo, para que mais “Lenes” se levantem em nosso meio, e possam marcar as pessoas como bons perfumes de Cristo.

Francisco Soares Teixeira Júnior

3 comentários:

  1. Que lindo, Júnior! Tia Lene será lembrada para sempre em nossos corações! Ela foi muito importante para mim! Desde o momento em que me acolheu em sua casa, como filho, até sua partida para junto do Pai. Um dia, nos encontraremos e mataremos a saudade que ela deixou! ��

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  2. Não a conheci pessoalmente, mas todos os depoimentos que já ouvi sobre ela só corroboram suas palavras. Pastor Daniel, que conheço e tem um carinho enorme mostra por ser quem é um pouco de atitude de quem foi sua mãe. Parabéns aos que tiveram o privilégio de conhecer e conviver com essa serva do Deus Vivo. Graça e paz para todos.

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  3. Tia Lene foi um exemplo para mim, em 1988 me converti na igreja Batista do Novo Juazeiro e esse casal tia Lene e Assis foram, são especiais para mim.

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